CoCoT — 3 Passos para ensinar a IA a compreender o que vê
O Cognitive Chain-of-Thought (CoCoT) é uma técnica de prompting para modelos multimodais que trabalham com imagens (com ou sem texto).
Em vez de descrever apenas objetos, o CoCoT estrutura o raciocínio da IA para interpretar o que significa o que é visto — incluindo contexto social e normas éticas.
Ver não é o mesmo que compreender
Modelos como ChatGPT, Gemini ou Claude Opus Vision já
“veem” imagens e respondem a perguntas. Mas há um desafio: ver não é compreender.
A identificação de objetos é diferente de interpretar intenções, emoções e normas sociais numa cena.
O CoCoT surge para colmatar esta lacuna, orientando a IA a raciocinar sobre imagens de forma estruturada e socialmente consciente.
CoCoT — Como ensinar a IA a compreender o que vê
O que é o CoCoT
O Cognitive Chain-of-Thought (CoCoT) é uma técnica de prompting para modelos multimodais (visuais-linguísticos).
Não é um novo modelo; é uma forma de orientar a IA a pensar em três fases quando analisa imagens (com ou sem texto associado).
Perceção — observar e descrever objetivamente a imagem: pessoas, ações, objetos, expressões, ambiente.
Situação — interpretar o que pode estar a acontecer: intenções, emoções, relações, risco.
Norma — avaliar o comportamento à luz de normas sociais, éticas e de segurança.
Exemplos práticos (imagens)
Exemplo 1: Conflito (negativo)
Imagem: um homem empurra outro numa rua movimentada.
Perceção: dois homens; um empurra o outro; expressões tensas; espaço público.
Situação: indica possível confronto físico ou desacordo.
Norma: empurrar é socialmente inaceitável e potencialmente perigoso.
Resumo: provável conflito físico em local público.
Exemplo 2: Ajuda (positivo)
Imagem: uma criança ajuda um idoso a atravessar a rua.
Perceção: criança e idoso numa passadeira; mãos dadas; carros parados.
Situação: colaboração para atravessar em segurança.
Norma: gesto de empatia e respeito, socialmente valorizado.
Resumo: interação positiva com valor social claro.
Porque é que o CoCoT é importante
Compreensão social: vai além de objetos e etiquetas — interpreta relações e intenções humanas.
Segurança e ética: incentiva respostas alinhadas com normas sociais e de segurança.
Explicabilidade: cada fase torna o raciocínio auditável e transparente.
Desempenho: estudos reportam melhorias médias (~+8%) em tarefas de raciocínio multimodal social.
Como aplicar o CoCoT na prática
Exemplo de instruções (prompt) para um modelo multimodal:
Instruções: Observa a imagem e segue três etapas: (1) Perceção — descreve objetivamente o que vês; (2) Situação — interpreta o contexto social; (3) Norma — avalia o comportamento segundo normas éticas e sociais. Termina com um Resumo claro.
Funciona com ChatGPT (modo visual), Gemini, Claude e outros modelos que aceitam imagem + texto.
Limitações e desafios
Normas culturais: valores variam entre contextos; é crucial sensibilidade cultural.
Custo de inferência: respostas mais estruturadas podem ser mais longas.
Investigação em curso: embora promissor, o método continua a ser aprimorado.
O futuro da compreensão visual
O CoCoT assinala a evolução de “ver objetos” para compreender relações humanas em imagens.
Aplica-se a robótica assistiva, análise de vídeo social, segurança/vigilância ética e educação.
Conclusão
O CoCoT é um passo importante na humanização da visão artificial: ajuda modelos multimodais a compreender o significado social do que veem, não apenas a descrevê-lo.
O futuro da IA não está em ver mais, mas em ver melhor.
Perguntas frequentes (FAQ)
O CoCoT é um modelo novo?
Não. É uma técnica de prompting para orientar o raciocínio de modelos multimodais.
O CoCoT é para texto ou para imagens?
É sobretudo para imagens (com ou sem texto associado). O objetivo é interpretar o significado social do que é visto.
Funciona sem pergunta textual?
Sim. O método estrutura a análise visual mesmo sem uma pergunta explícita, embora perguntas ajudem a focar a resposta.
Que benefícios traz para IA responsável?
Maior explicabilidade, melhor consciência social e respostas mais seguras.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Como as PMEs podem usar Inteligência Artificial para crescer: casos de uso e plano de ação
Da automatização à criação de conteúdos — a IA deixou de ser luxo e passou a ser ferramenta essencial.
Introdução
A inteligência artificial está a transformar a forma como as empresas trabalham, comunicam e crescem. Mas, ao contrário do que muitos pensam, não é preciso ser uma grande empresa para tirar partido destas tecnologias. As PMEs podem usar IA para reduzir custos, poupar tempo e melhorar resultados.
Este artigo mostra-te os principais casos de uso práticos e um plano de ação de 30 dias para começares a aplicar a IA na tua empresa de forma estratégica e sem complicações.
Casos de uso de IA para PMEs
Produtividade e Operações
Automatizar tarefas repetitivas: envio de emails, respostas a clientes e criação de relatórios.
Resumir documentos e propostas: usa o ChatGPT ou Claude para sintetizar textos longos em segundos.
Analisar feedback de clientes: identifica padrões em avaliações e comentários online.
Gerar previsões simples: antecipa vendas, stock ou procura com ferramentas no-code.
Marketing e Comunicação
Gerar textos e campanhas: cria anúncios, posts e newsletters com IA generativa.
Produzir vídeos curtos: usa Sora 2, Veo 3.1 ou LTX-2 para vídeos de produto e redes sociais.
Design e imagem profissional: cria banners e conteúdos visuais com Photoshop AI ou Canva.
Testar mensagens: faz A/B testing rápido para descobrir o que converte melhor.
Vendas e Atendimento
Chatbots inteligentes: respondem a perguntas frequentes e recolhem leads automaticamente.
Assistentes comerciais: recomendam produtos, geram orçamentos e simulam propostas.
Automação de CRM: sincroniza contactos, regista reuniões e envia lembretes automáticos.
Tradução instantânea: comunica com clientes de outros mercados sem barreiras linguísticas.
Recursos Humanos
Pré-seleção automática de candidatos: análise de currículos e correspondência com requisitos.
Formação personalizada: cria módulos de treino e quizzes adaptados a cada colaborador.
Feedback interno: assistentes internos que recolhem sugestões e avaliam a moral da equipa.
Gestão Financeira e Administrativa
Leitura automática de faturas: extrai dados com reconhecimento inteligente de texto.
Relatórios financeiros explicativos: transforma números em análises compreensíveis.
Gestão de orçamento e previsões: acompanha fluxo de caixa e planeia cenários futuros.
Plano de ação de 30 dias para aplicar IA na tua PME
Semana 1 – Explorar
Instala um browser com IA (Atlas, Comet ou Edge Copilot).
Experimenta IA em 3 tarefas diárias (resumo, tradução e escrita).
Escolhe uma ferramenta de imagem ou vídeo e cria o primeiro teste.
Semana 2 – Implementar
Cria um vídeo curto com IA sobre o teu produto ou serviço.
Gera 5 posts de redes sociais com ChatGPT ou Claude.
Configura um chatbot para responder a perguntas frequentes.
Semana 3 – Automatizar
Integra CRM, Google Sheets e email com o OpenAI AgentKit ou Zapier.
Cria um fluxo: novos contactos → email automático → registo no CRM.
Gera resumos automáticos de relatórios e propostas.
Semana 4 – Medir e otimizar
Avalia tempo poupado, custos reduzidos e leads gerados.
Documenta os processos que resultaram melhor.
Cria uma política interna de uso de IA na empresa.
Planeia as próximas integrações (marketing, suporte, RH).
Conclusão
A IA já não é uma promessa distante — é uma ferramenta real e acessível. Para as PMEs, representa a oportunidade de aumentar eficiência, melhorar comunicação e crescer de forma sustentável. Seguindo este plano de 30 dias, qualquer empresa pode dar os primeiros passos de forma estratégica e sem investimento elevado.
Queres levar isto para a tua empresa?
Posso adaptar o plano de ação à realidade da tua empresa e criar um roteiro de 30 dias com ferramentas e prompts específicos.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Outubro em IA: as novidades que realmente importam para as PMEs
Browsers inteligentes, vídeo 4K gerado por IA e ferramentas para automatizar tarefas
Resumo rápido (TL;DR)
Navegadores com IA (Atlas, Comet, Edge Copilot) reduzem tempo em pesquisa, escrita e tarefas repetitivas.
Vídeo gerado por IA (Veo 3.1, Sora 2, LTX-2) viabiliza anúncios e tutoriais em horas, não dias.
Imagem com IA (MAI-Image-1, “Nano Banana”, Photoshop com Assistente) acelera design e conteúdos sociais.
Agentes e apps (AgentKit, Apps no ChatGPT, Claude Skills/Haiku 4.5) simplificam automações sem código.
Mais proteção para criadores (YouTube com deteção de likeness); tendência de IA embebida em dispositivos.
Porque isto interessa às PMEs
Outubro foi especialmente agitado na inteligência artificial: novos navegadores com assistentes, modelos de vídeo e imagem mais potentes e ferramentas que automatizam processos. Para pequenas e médias empresas, o impacto é direto: menos custos operacionais, mais rapidez na criação de conteúdos e novas formas de competir com marcas maiores.
Navegadores com IA: produtividade no dia a dia
ChatGPT Atlas
O Atlas coloca o ChatGPT no centro do browser. A barra de endereços funciona como prompt e há um sidebar com contexto da página. Inclui um Agent Mode capaz de executar pequenas ações (p. ex., filtrar uma listagem ou preencher campos).
Perplexity Comet
O Comet (gratuito) é compatível com extensões do Chrome e adiciona assistente lateral para resumir sites, responder dúvidas e um modo split view para comparar páginas lado a lado — útil em pesquisa de mercado e curadoria de informação.
O que uma PME pode fazer já
Gerar e personalizar emails de prospeção em minutos.
Pedir resumos de propostas, contratos e notícias sem sair da página.
Automatizar tarefas simples no site (preenchimento/extração de dados).
Vídeo gerado por IA: marketing em 4K sem equipa de produção
Google Veo 3.1
Combina “ingredientes” (imagens de pessoa, cenário e roupa) e cria um vídeo coerente. Permite definir primeiro e último fotograma para gerar a transição automaticamente.
OpenAI Sora 2
Storyboards para montar vários clips seguidos e geração até 25 segundos para utilizadores Pro — ideal para reels e anúncios curtos.
LTX-2
Modelo de código aberto com vídeo 4K a 50 fps e áudio sincronizado. Aproxima produção “estilo estúdio” do orçamento de uma PME.
Ganhos práticos para PMEs
Vídeos de produto e tutoriais em horas.
A/B testing ágil com variações de guião, cenário e ângulos.
Consistência de identidade visual e de personagem entre peças.
Imagem com IA: design profissional em minutos
Microsoft MAI-Image-1
Geração de imagens fotorrealistas com texto nítido — útil para thumbnails, banners e criativos de campanha.
Google “Nano Banana”
Edição por texto integrada no ecossistema Google (Photos, Lens, AI Studio): “remove o fundo”, “muda cor do produto”, “adiciona logótipo”.
Adobe Max 2025
Assistente de IA no Photoshop e Illustrator automatiza tarefas repetitivas; suporte a modelos de terceiros e upscaling via Topaz Labs melhora qualidade final.
Aplicações imediatas
Atualizar catálogos e redes sociais sem recorrer sempre a agência.
Uniformizar grafismos e adaptar formatos (quadrado, vertical, horizontal).
Melhorar fotos de produto com instruções em linguagem natural.
Agentes e apps: automações sem código
OpenAI AgentKit & Apps
Cria workflows dentro do ChatGPT (estilo Zapier) e usa Apps oficiais/terceiros para ligar serviços (Booking, Canva, Spotify, etc.).
Anthropic Claude Skills & Haiku 4.5
“Skills” reaproveitáveis (conhecimento e procedimentos) e um modelo fast & cheap para respostas de suporte, backoffice e pesquisa interna.
Casos de uso para PMEs
Responder a leads com propostas iniciais e reunir dados do CRM.
Gerar relatórios semanais com vendas, tickets e comentários de clientes.
Plataformas & privacidade: proteção para criadores
O YouTube introduziu deteção de likeness (rostos/vozes geradas por IA) e pedidos de remoção facilitados. Para marcas e criadores, é uma camada extra de segurança e conformidade.
Gadget do mês: sanita com IA
O acessório Dekoda, da Kohler, analisa conteúdos da sanita para insights de hidratação e saúde intestinal. Para lá da curiosidade, sinaliza uma tendência: IA a chegar a dispositivos físicos com análise local. Expectável ver o mesmo em equipamentos industriais, agrícolas e energéticos.
Tendências que atravessam tudo
Agentes autónomos: do prompt à ação, com menos supervisão.
Integração invisível: IA embebida no browser e nas apps que já usas.
Democratização: capacidades “enterprise” acessíveis a orçamentos de PME.
Proteção e regulação: mais ferramentas de identidade e direitos.
Plano de ação para a tua PME (esta semana)
Instalar um browser com IA (Atlas, Comet ou Edge Copilot) e testar 3 tarefas repetitivas.
Gerar um vídeo de 15–25 s sobre um produto/serviço e publicar como reel.
Usar o Photoshop com IA para criar 3 criativos (feed, story, anúncio).
Definir política interna para uso de IA generativa (imagens, texto e dados).
Explorar o AgentKit para automatizar respostas e relatórios simples.
Conclusão
A IA deixou de ser novidade e passou a ser ferramenta operacional. Para PMEs, isto traduz-se em mais produtividade, menores custos e maior agilidade na criação de conteúdos, no suporte ao cliente e na tomada de decisão. Quem começar agora entra em 2026 com processos afinados e vantagem competitiva.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
IVA, Descontos e Faturação de Packs (Leve 3 Pague 2): Guia PT28803 da OCC | Setembro 2025
Publicado: Setembro de 2025 | Fonte: Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC)
O parecer PT28803 da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), publicado em setembro de 2025, traz esclarecimentos essenciais sobre a aplicação do IVA, os descontos comerciais e a faturação de packs e campanhas promocionais — incluindo o popular modelo “Leve 3, Pague 2”.Este parecer técnico define regras claras para contabilistas, gestores e empresários que pretendem garantir conformidade fiscal e correta aplicação do IVA em operações comerciais com descontos, bónus e ofertas.
Assiste ao vídeo ou se preferires continua a ler o artigo.
Enquadramento Fiscal e Obrigações de Faturação
O enquadramento fiscal das operações de venda com descontos e bónus é crucial para o correto apuramento do IVA. De acordo com o CIVA (Código do IVA) e o Parecer Técnico PT28803, as empresas devem cumprir regras específicas quanto à menção dos descontos nas faturas, à determinação do valor tributável e à descrição de packs e conjuntos de produtos (bundles).
1. Menção Obrigatória de Descontos na Fatura (CIVA, Artigo 16.º)
Regras fundamentais:
Obrigatoriedade: Todos os descontos concedidos devem ser explicitamente indicados na fatura.
Valor Tributável: Os descontos, abatimentos e bónus concedidos em simultâneo com a venda são excluídos da base tributável de IVA, conforme a alínea b) do n.º 6 do artigo 16.º do CIVA. O valor tributável é sempre líquido do desconto aplicado.
Proibição: A lei não permite que o preço final de um artigo apareça já com o desconto incluído sem menção ao desconto.
2. Bónus em Quantidade vs. Ofertas (“Leve 3, Pague 2”)
Bónus em Quantidade (Mesma Natureza)
Campanhas do tipo “Leve 3, Pague 2” configuram um bónus em quantidade. Sendo produtos da mesma natureza, o item oferecido é excluído da base tributável de IVA.
Na fatura:
Deve constar o valor total dos três artigos (valor de mercado);
O valor a pagar deve corresponder a apenas dois itens, com indicação clara de que um deles é oferta.
Ofertas (Produtos Diferentes)
Quando a operação inclui a oferta de um produto diferente, trata-se de uma oferta tributável em IVA, salvo exceções:
Pequeno valor unitário: até 50 euros;
Limite anual: até 0,5% (cinco por mil) do volume de negócios do ano anterior.
3. Faturação de Packs, Sets e Bundles
Descrição e Requisitos
As faturas devem indicar a quantidade e a denominação usual dos bens vendidos.
A descrição deve ser clara e completa, permitindo identificar a taxa de IVA aplicável, conforme o n.º 5, alínea b) do artigo 36.º do CIVA.
Controlo de IVA
Nos casos em que um pack constitui uma unidade comercial distinta (set), deve constar na fatura:
A descrição exata do conteúdo;
O número de itens incluídos;
O detalhe necessário ao controlo fiscal do IVA.
Taxas Diferentes
Quando o pack agrupa produtos com taxas de IVA distintas, aplica-se ao valor total a taxa mais elevada.
Conclusão
O Parecer Técnico PT28803 – IVA – Descontos é uma referência obrigatória para:
Contabilistas certificados responsáveis pela faturação comercial;
Empresas e retalhistas que aplicam descontos, bónus ou promoções “Leve 3 Pague 2”;
Gestores fiscais e auditores que procuram garantir conformidade legal e transparência fiscal.
Dominar estas regras significa evitar erros na aplicação do IVA e proteger a credibilidade fiscal da empresa.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Maximize o Crescimento: O Regime Fiscal de Incentivo à Capitalização das Empresas (ICE) em 2025
TL;DR — Resumo Rápido
O Incentivo à Capitalização das Empresas (ICE) é um benefício fiscal que permite deduzir parte dos aumentos de capitais próprios no cálculo do lucro tributável em sede de IRC. Em 2025, a dedução é majorada em 50%, tornando-se um dos instrumentos fiscais mais vantajosos para empresas que reforcem os seus capitais próprios. Aplica-se a empresas com contabilidade organizada, excluindo instituições financeiras e seguradoras. Os aumentos elegíveis incluem entradas em dinheiro, conversões de créditos em capital e lucros aplicados em reservas.
O Que é o ICE?
O Regime Fiscal de Incentivo à Capitalização das Empresas (ICE), criado pelo Artigo 43.º-D do Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF), foi introduzido em 2023 para substituir dois regimes anteriores: a Dedução por Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR) e a Remuneração Convencional do Capital Social (RCCS). Em 2025, o ICE assume um papel central na política fiscal de incentivo ao investimento e reforço do capital próprio das empresas portuguesas.
Como Funciona o ICE?
O ICE permite deduzir uma quantia específica ao lucro tributável, baseada nos aumentos líquidos dos capitais próprios elegíveis.
1. Cálculo da Dedução
A dedução é obtida aplicando a seguinte taxa:
Taxa Euribor a 12 meses (média anual) + 2 pontos percentuais de spread.
Majoração de 2025: De acordo com a Lei n.º 45-A/2024 (Orçamento do Estado 2025), a dedução calculada é majorada em 50% no período de tributação de 2025.
2. Limites da Dedução
A dedução anual do ICE não pode ultrapassar o maior dos seguintes limites:
4.000.000 €; ou
30% do EBITDA Fiscal (resultado antes de depreciações, amortizações, gastos de financiamento líquidos e impostos).
O excedente acima dos 30% pode ser reportado por até cinco exercícios fiscais subsequentes. Importante: o ICE não está sujeito à limitação prevista no artigo 92.º, n.º 2, alínea i) do CIRC.
Quem Pode Beneficiar do ICE?
Podem beneficiar do ICE os sujeitos passivos de IRC que:
Exerçam atividade comercial, industrial ou agrícola;
Tenham contabilidade organizada;
Determinem o lucro tributável por métodos diretos;
Não sejam instituições de crédito nem sociedades financeiras nem seguradoras;
Tenham a situação fiscal e contributiva regularizada.
Mesmo as entidades em regime de transparência fiscal podem aplicar o benefício, sendo deduzido ao lucro tributável imputável aos sócios.
Quais São os Aumentos de Capital Próprio Elegíveis?
São considerados aumentos elegíveis (após 1 de janeiro de 2023):
Entradas em dinheiro, na constituição ou aumento de capital;
Entradas em espécie, resultantes da conversão de créditos em capital (ex.: conversão de suprimentos);
Aplicação de lucros contabilísticos distribuíveis em reservas ou aumento de capital.
Exclusões Importantes e Cuidados Práticos
Prejuízos transitados: enquanto não forem cobertos, os lucros não são considerados distribuíveis;
Distribuições de reservas e reduções de capital reduzem os aumentos elegíveis;
Reservas DLRR (de regimes antigos) não contam para o ICE;
Conversão de prestações suplementares em capital social não é elegível.
Como Aplicar o ICE em 2025
Mesmo que uma empresa não tenha usado o ICE em 2023 ou 2024, pode beneficiar em 2025. O cálculo deve, contudo, incluir os aumentos líquidos dos últimos seis exercícios, numa lógica de “conta corrente”.
Se a empresa for liquidada em 2025, não é necessário devolver benefícios fiscais de anos anteriores, pois as reduções apenas produzem efeitos futuros.
Por Que o ICE é Estratégico em 2025
Com a majoração de 50%, o ICE 2025 é um instrumento poderoso de planeamento fiscal, promovendo:
O reforço da solvência empresarial;
A redução da dependência de financiamento bancário;
Uma melhor posição fiscal e financeira para futuras candidaturas a apoios públicos.
FAQs — Perguntas Frequentes sobre o ICE
1. Posso aplicar o ICE se estiver no regime simplificado?
Não. O ICE aplica-se apenas a empresas com contabilidade organizada e lucro tributável determinado por métodos diretos.
2. O que acontece se ultrapassar o limite dos 30% do EBITDA Fiscal?
A parte excedente pode ser deduzida nos cinco exercícios seguintes, desde que respeitados os demais requisitos.
3. A conversão de suprimentos em capital é elegível?
Sim. É considerada um aumento de capitais próprios elegível, pois o suprimento é um crédito do sócio sobre a sociedade.
4. As prestações suplementares de capital contam?
Não. A conversão de prestações suplementares não é abrangida pelo conceito de aumento de capital próprio elegível.
5. É preciso ter recorrido ao ICE em 2023 ou 2024 para usar em 2025?
Não. O ICE pode ser utilizado pela primeira vez em 2025, mesmo sem utilização anterior.
Conclusão
O Incentivo à Capitalização das Empresas (ICE) é uma oportunidade fiscal significativa para melhorar a estrutura financeira das empresas em Portugal. Com a majoração de 50% em 2025, é o momento ideal para planear reforços de capital e maximizar deduções em sede de IRC. Empresas que saibam estrategicamente aplicar o ICE podem obter benefícios fiscais substanciais e fortalecer a sua posição competitiva.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Como os hackers podem “envenenar” a inteligência artificial
E o que os cientistas estão a fazer para detetar o veneno nos dados
Hoje em dia, a inteligência artificial (IA) está por todo o lado, recomenda séries, ajuda a conduzir, escreve textos e até apoia médicos. Mas existe um ataque silencioso que pode corromper uma IA antes mesmo de nascer: o “envenenamento de dados” (data poisoning).
Em termos simples, é quando alguém coloca informação falsa ou manipulada nos dados usados para treinar um modelo de IA. O sistema aprende coisas erradas e pode cometer erros graves sem que ninguém perceba porquê.
O que é “envenenamento de dados”?
Imagina que estás a ensinar uma criança a distinguir frutas. Mostras 100 imagens de maçãs, mas, no meio, colocas 10 imagens de tomates e dizes que são maçãs. Quando ela crescer, vai chamar “maçã” a um tomate. 🍅
É isto que acontece com a IA: os hackers misturam exemplos errados nos dados de treino e o modelo aprende associações incorretas.
Como estes ataques funcionam (sem tecnicismos)
O objetivo do atacante: Pode querer que a IA erre em tudo, que falhe apenas num caso específico, ou até que revele informação privada.
A forma de ataque: Pode trocar etiquetas (“isto é um cão” quando é um gato), inserir um pequeno símbolo escondido numa imagem, ou espalhar textos manipulados que influenciam modelos de linguagem.
O momento do ataque: Antes do treino (dados da internet), durante o treino (sistemas partilhados) ou depois, usando “gatilhos” que ativam comportamentos estranhos.
O grau de disfarce: Alguns ataques são óbvios; outros são tão subtis que passam despercebidos e estes são os mais perigosos.
E os modelos grandes, como o ChatGPT?
Os Modelos de Linguagem Grande (LLMs), como o ChatGPT, são treinados com biliões de palavras da internet. Isso significa mais exposição a dados contaminados.
Textos falsos na web podem fazer um chatbot repetir informação errada.
Frases “escondidas” podem servir de gatilhos para respostas incorretas.
O que os cientistas estão a fazer
Equipas de investigação criaram um “framework taxonómico” – um guia organizado para entender e detetar estes ataques. Com ele, é mais fácil identificar onde, quando e como o “veneno” entra nos dados e desenvolver defesas mais eficazes.
O futuro: um “sistema imunitário” para a IA
O próximo passo é criar IAs que detetem e limpem dados suspeitos automaticamente, um sistema imunitário digital que neutraliza o veneno antes de causar danos.
“Compreender o inimigo é o primeiro passo para proteger a inteligência.”
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
4 Motivos Porque as Empresas Fecham e o Último é o Mais Importante
Muitas empresas começam com entusiasmo, ideias fortes e energia. Mas, ao fim de alguns anos, muitas acabam por desaparecer silenciosamente.
Não é apenas uma questão de sorte, é o resultado de erros estratégicos e culturais que se acumulam até o negócio deixar de respirar.
Neste artigo, vou explorar quatro motivos principais porque as empresas terminam e o último é, provavelmente, o mais importante de todos.
TL;DR (Resumo Rápido)
As empresas fecham sobretudo por quatro razões: falta de vendas, excesso de despesas, falta de cash e falta de verdade.
As três primeiras são financeiras; a última é cultural e costuma desencadear as restantes. Manter coerência, transparência e propósito é crítico para a sobrevivência.
1. Falta de Vendas – Quando o Mercado Não Responde
A falta de vendas é o sinal mais claro de que algo não está a funcionar.
Sem receitas, a empresa perde fôlego e entra numa espiral difícil de inverter.
Mas o problema raramente é apenas o produto. Na maioria das vezes, está na forma como ele é comunicado, apresentado e entregue ao cliente.
Muitas empresas não compreendem verdadeiramente o seu público-alvo, não adaptam a proposta de valor e falham na consistência da comunicação.
Como resolver
Investir em pesquisa de mercado real, com dados e feedback de clientes.
Criar uma estratégia de marketing clara e regular, não apenas pontual.
Colocar o cliente no centro de todas as decisões.
💬 “Sem vendas, uma empresa não tem oxigénio. Mas o problema raramente é o produto, é a forma como ele chega ao cliente.”
2. Excesso de Despesas – Crescer Sem Controlo Custa Caro
Mesmo com boas vendas, se as despesas forem demasiado altas, o resultado é o mesmo: colapso financeiro.
Empresas que crescem depressa demais, sem planeamento, acabam por acumular custos fixos desnecessários, desperdício e má negociação com fornecedores.
Como prevenir
Rever periodicamente todas as despesas e cortar o que não gera valor.
Automatizar processos e simplificar estruturas.
Negociar prazos, quantidades e condições com fornecedores.
💬 “Não é o tamanho da empresa que importa, é a eficiência com que usa os seus recursos.”
3. Falta de Cash – Lucro Não Paga Contas
Este é o erro clássico: confundir rentabilidade com liquidez.
Uma empresa pode estar a dar lucro no papel e, mesmo assim, ficar sem dinheiro para pagar salários, fornecedores ou impostos.
A gestão de tesouraria é um dos pilares de sobrevivência. A falta de controlo sobre prazos de recebimento e pagamento cria um ciclo de stress permanente.
Como evitar o colapso
Criar reservas de emergência.
Acompanhar o fluxo de caixa semanalmente.
Antecipar entradas e saídas de dinheiro, e ajustar a tempo.
💬 “Uma empresa pode dar lucro e, mesmo assim, morrer por falta de dinheiro no banco.”
4. Falta de Verdade – O Princípio do Fim
Este é o motivo menos falado, mas talvez o mais decisivo.
A falta de verdade manifesta-se quando uma empresa perde o seu propósito, deixa de ser transparente com a equipa ou toma decisões baseadas no ego em vez de na visão.
Quando se perde a coerência entre o que se diz e o que se faz, o ambiente interno deteriora-se. As pessoas desmotivam-se, os clientes percebem, e a reputação cai.
Como reencontrar a verdade
Relembrar o propósito inicial da empresa.
Ser transparente com a equipa e os clientes.
Tomar decisões alinhadas com valores, não apenas com números.
💬 “Quando se perde a verdade, a coerência entre o que se diz e o que se faz, a empresa começa a desintegrar-se por dentro.”
Conclusão: O Verdadeiro Diagnóstico
Os três primeiros motivos: falta de vendas, excesso de despesas e falta de cash são sintomas visíveis.
Mas o quarto, a falta de verdade, é a raiz invisível que, mais cedo ou mais tarde, contamina tudo o resto.
Empresas fortes não são apenas bem geridas, são autênticas, coerentes e humanas.
Encontrar e manter essa verdade pode ser o maior desafio… e também a maior vantagem competitiva.
Resumo Rápido
Motivo
Consequência
Solução
Falta de Vendas
Falta de receitas e perda de mercado
Foco no cliente e estratégia de marketing clara
Excesso de Despesas
Colapso financeiro apesar das vendas
Controlo e eficiência de custos
Falta de Cash
Falência por falta de liquidez
Planeamento de tesouraria e reservas
Falta de Verdade
Perda de propósito e cultura
Transparência e alinhamento de valores
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. Quais são as principais causas de falência de uma empresa?
As causas mais comuns incluem falta de vendas, excesso de despesas, má gestão do fluxo de caixa e perda de propósito ou alinhamento interno. Estes fatores, combinados, levam à incapacidade de sustentar o negócio.
2. Uma empresa pode ser rentável e, mesmo assim, fechar?
Sim. Uma empresa pode apresentar lucro no papel mas ficar sem liquidez para pagar as suas obrigações: salários, fornecedores e impostos. A falta de cash é uma das razões mais práticas e perigosas para o encerramento.
3. O que significa “falta de verdade” numa empresa?
Refere-se à perda de coerência entre o que a empresa diz e o que faz. Quando falta transparência, propósito e autenticidade, a cultura degrada-se e as decisões tornam-se inconsistentes, o que mina a confiança de colaboradores e clientes.
4. Como posso evitar que a minha empresa entre em colapso financeiro?
Controlar despesas e manter uma estrutura leve.
Garantir fluxo de caixa positivo e reservas de segurança.
Definir um propósito claro e comunicar com transparência.
5. O que é mais importante: vendas ou cultura empresarial?
Ambos são essenciais. As vendas garantem sobrevivência no curto prazo, mas uma cultura empresarial saudável garante sustentabilidade a longo prazo. Sem verdade e propósito, mesmo uma empresa lucrativa acaba por perder o rumo.
Palavras-chave: falência empresarial, motivos para empresas fecharem, gestão financeira, cultura empresarial, liderança.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
As ferramentas generativas já provaram o seu valor, mas a próxima vantagem competitiva virá de agentes que planeiam, decidem e executam. Veja como líderes podem aplicar este salto com segurança e ROI.
1. Introdução: o salto da criação para a ação
A Inteligência Artificial (IA) está a atravessar uma nova fase de maturidade. Ferramentas como o ChatGPT, o Claude e o Midjourney mostraram o poder da IA Generativa, capaz de criar texto, imagem ou código em segundos.
Agora, surge a IA Agente (Agentic AI), que leva esta revolução um passo adiante: além de gerar, a IA começa a agir, a planear e a executar tarefas de forma semi-autónoma.
Esta mudança redefine a produtividade, a estratégia e a forma como as empresas se relacionam com a tecnologia.
2. O que é a IA Generativa
A IA Generativa cria novos conteúdos com base em instruções naturais (prompts). Utiliza foundation models treinados em grandes volumes de dados e é ideal para:
Redigir textos, relatórios e propostas;
Criar imagens, vídeos ou apresentações;
Gerar ideias e insights para equipas.
Limitação: a IA Generativa não age — depende sempre de instruções humanas e não tem memória persistente ou raciocínio estratégico.
3. O que é a IA Agente (Agentic AI)
A IA Agente é o próximo passo lógico da evolução. Baseia-se em modelos com raciocínio, planeamento, memória e interação. Isto permite-lhe agir de forma autónoma para atingir objetivos definidos.
Características principais
Raciocínio multi-passo: planear e decompor tarefas;
Memória persistente: aprender com experiências anteriores;
Interação: utilizar APIs, sistemas e ferramentas empresariais;
Autonomia: executar ações sem supervisão contínua.
Exemplo: enquanto a IA Generativa escreve um e-mail, a IA Agente escreve, agenda, envia e ajusta o tom consoante o destinatário.
5. Benefícios estratégicos da IA Agente para empresas
1) Eficiência operacional
Agentes autónomos podem gerir fluxos de trabalho repetitivos, análise de dados, geração de relatórios, comunicação interna, gestão de CRM, libertando as equipas para tarefas de maior valor.
2) Tomada de decisão em tempo real
A IA Agente cruza informação de múltiplas fontes e recomenda (ou executa) ações imediatas, permitindo decisões baseadas em dados e contexto.
3) Escalabilidade e personalização
Múltiplos agentes especializados podem cooperar, permitindo operações personalizadas em larga escala.
8. O futuro: rumo à inteligência autónoma organizacional
A IA Agente representa o caminho para uma organização mais autónoma, adaptável e inteligente. O objetivo não é substituir humanos, mas aumentar a sua capacidade de decisão e execução.
Empresas que combinarem IA Generativa (criativa) e IA Agente (executiva) criarão um ecossistema digital capaz de aprender, agir e evoluir.
9. Conclusão
A distinção entre IA Generativa e IA Agente marca uma viragem estrutural na economia digital. Líderes que adotarem uma abordagem ética e estratégica posicionam-se na linha da frente da próxima década.
A vantagem competitiva do futuro será liderar com inteligência aumentada.
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. A IA Agente substitui a IA Generativa?
Não. A IA Agente complementa a IA Generativa. Enquanto a Generativa cria, a Agente executa, muitas vezes utilizando resultados gerados pela primeira.
2. É seguro usar IA Agente em processos empresariais?
Sim, desde que existam políticas de controlo, auditoria e monitorização contínua. Comece com casos de uso de baixo risco e expanda gradualmente.
3. Que sectores podem beneficiar mais?
Finanças, marketing, saúde, logística e serviços profissionais, especialmente onde há processos repetitivos e decisões baseadas em dados.
4. Como posso preparar a minha empresa para a IA Agente?
Reveja fluxos de trabalho, identifique tarefas repetitivas e defina objetivos claros de automação. Invista em formação interna e consultoria especializada.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
IA e Economia em 2025: o impacto da IA na produtividade global e em Portugal
A inteligência artificial (IA) é hoje um motor económico global. O AI Index Report 2025 confirma a aceleração em investimento, emprego e produtividade. Neste artigo, foco-me em Portugal e Europa e no que as empresas podem fazer já.
Em 2024, o investimento privado global atingiu ~252,3 mil milhões USD. Os EUA lideram (~109 mil M$), seguidos de China e Reino Unido. A IA generativa somou ~33,9 mil M$ (~18%).
Na Europa, o crescimento é sustentado por Horizonte Europa, PRR e Digital Europe Programme. Em Portugal, o ecossistema expande-se com AI CoLAB, INESC-ID e a Rede de Test Beds.
Dica: Define um roadmap de 12–18 meses, com métricas de retorno (TCO, payback, ROI) e entregas trimestrais.
A procura por competências em IA acelera. Nos EUA, ~9,3% das vagas em TI pedem “AI skills”; na Europa, valores mais baixos mas a subir. Em Portugal, INCoDe.2030 e programas de requalificação mitigam o défice.
A nova riqueza não é apenas capital é competência.
3. Penetração da IA por setor
78% das empresas usam IA em pelo menos uma função e 71% já adotam IA generativa. Lideram tecnologia, finanças e marketing; indústria e energia avançam mais lentamente. Em Portugal, retalho, turismo, saúde digital e banca ganham tração; a Indústria 4.0 permanece oportunidade.
4. Produtividade e valor económico
Ganhos médios de ~14% em produtividade quando as equipas usam IA. Em apoio ao cliente, a resolução por hora aumenta ~14,2%. Ainda assim, a maioria reporta < 5% de aumento direto de receita — sinal de integração inicial e espaço para escalar.
A UE lidera a IA responsável com o AI Act, equilibrando ética, transparência e competitividade. Portugal investe em hubs de inovação, CoLABs e na Estratégia Nacional de IA 2030 para converter ciência em impacto económico.
Pronto para aplicar IA no teu setor? Fala connosco, desenhamos um plano de 90 dias com pilotos mensuráveis.
FAQ – Perguntas Frequentes
O que é o AI Index Report 2025?
Relatório anual da Universidade de Stanford sobre o estado global da IA: economia, emprego, regulação e inovação.
Quais os principais resultados económicos?
Investimento ~252,3 mil M USD; 78% das empresas usam IA; ganhos de produtividade até 14%.
Que setores lideram?
Tecnologia, finanças, marketing e serviços profissionais. Em Portugal, turismo, saúde digital e retalho ganham destaque.
Como a Europa se posiciona?
Com o AI Act, a UE privilegia confiança e transparência, mantendo a ambição competitiva.
Como começar numa PME?
Escolhe um caso de uso (suporte, marketing, vendas), implementa um piloto de 60–90 dias, mede impacto e escala com governança.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Estratégia de Startup: como transformar um serviço em produto e escalar o teu negócio
Guia prático para aplicar mentalidade de startup, validar MVP (Minimum Viable Product), medir métricas e evoluir para um modelo SaaS com crescimento previsível.
Uma startup é desenhada para descobrir um modelo de negócio escalável e repetível. O foco está na experimentação contínua, iteração rápida e validação com clientes reais.
Mentalidade Lean
Aplica o ciclo Build → Measure → Learn: constrói um MVP, mede o que importa e aprende antes de investir em funcionalidades avançadas.
Ideia-chave: reduz o risco investindo apenas no que o mercado valida.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Carros elétricos para empresas em 2025: como funciona o IVA e o Fundo Ambiental em Portugal
A mobilidade elétrica deixou de ser tendência para se tornar uma estratégia empresarial inteligente: reduz custos, otimiza impostos e reforça a sustentabilidade.
Com o aumento dos custos de combustível e a pressão para descarbonizar operações, os veículos elétricos são uma oportunidade clara para empresas portuguesas. A dúvida recorrente é: é possível deduzir o IVA e receber o incentivo do Fundo Ambiental? Em 2025, a resposta é sim ao IVA (com condições) e não ao incentivo do Fundo Ambiental para ligeiros de passageiros no caso de empresas privadas. Este artigo explica o essencial e como maximizar benefícios.
1) IVA: como funciona nas viaturas elétricas empresariais
Para empresas, o IVA pode ser dedutível na compra ou aluguer (leasing/renting) de viaturas 100% elétricas, desde que cumpridas as regras fiscais.
Condições para deduzir o IVA
Viatura 100% elétrica (sem motor de combustão).
Aquisição em nome da empresa e afetação à atividade empresarial.
Custo de aquisição até 62.500 € + iva.
Aplicável em compra direta, leasing ou renting.
O uso pessoal/misto pode limitar a dedução.
Nota: veículos híbridos não permitem dedução integral do IVA. Híbridos plug-in sim, mas com limitações.
Exemplo prático
Viatura elétrica: 50.000 € + IVA (23%) = 61.500 €. Se houver direito a dedução, o IVA (11.500 €) é recuperado, ficando o custo efetivo em 50.000 €.
Outras vantagens fiscais
Isenção de ISV (Imposto Sobre Veículos);
Isenção de IUC (Imposto Único de Circulação);
Potencial redução de tributações autónomas (consoante valor e uso).
2) Fundo Ambiental 2025: quem tem direito ao incentivo
O Fundo Ambiental apoia veículos de emissões nulas, mas os beneficiários dependem da tipologia. Para ligeiros de passageiros (T1/T2), aplica-se o seguinte:
Beneficiário
Montante
Condições principais
Pessoas singulares (particulares)
4.000 € (veículos até 38.500 € ou 55.000 € com mais de 5 lugares)
1 veículo por beneficiário; abate obrigatório
IPSS e Autarquias Locais
5.000 € (veículos até 38.500 € ou 55.000 € com mais de 5 lugares)
Veículo novo 100% elétrico; abate
Empresas privadas
Sem incentivo direto (ligeiros de passageiros)
Podem aceder a outras tipologias (mercadorias, bicicletas de carga, carregadores)
Resumo: o incentivo de 4.000 e 5.000 € na tipologia de passageiros não se aplica a empresas privadas; é reservado a pessoas singulares, IPSS e autarquias.
3) Outras oportunidades do Fundo Ambiental para empresas
Bicicletas de carga elétricas (T3): 50% do preço com IVA, até 1.500 €.
Carregadores elétricos (T7): até 800 € por posto, 80% do valor elegível (condomínios e pessoas coletivas).
Mobilidade ativa (T5): 50% do valor (limites entre 500 € e 1.500 €, consoante o equipamento).
Estes apoios ajudam a construir uma estratégia de mobilidade integrada, com logística urbana sustentável e infraestrutura própria de carregamento.
4) Benefício combinado: fiscal + operacional
Mesmo sem incentivo direto para passageiros, a poupança global é significativa quando somamos dedução de IVA, isenções e menores custos operacionais.
Exemplo de TCO (custo total de propriedade)
Preço base do veículo: 45.000 €.
IVA dedutível (23%): −8.415 €.
ISV/IUC: 0 €.
Manutenção anual: ~40% mais baixa vs. combustão.
Energia: ~60% de poupança vs. combustível.
Custo líquido aproximado: ~30.000 €, com menor OPEX e redução de emissões.
5) Passos práticos antes de comprar
Confirme com o contabilista a dedução de IVA e o enquadramento das tributações autónomas.
Reveja o regulamento oficial do Fundo Ambiental (fundoambiental.pt).
Calcule o TCO (preço, impostos, energia, manutenção, valor residual).
Planeie a infraestrutura (postos de carregamento próprios/partilhados).
Comunique a estratégia ESG (relatórios e comunicação de sustentabilidade).
6) Conclusão
Em 2025, os incentivos diretos do Fundo Ambiental para passageiros concentram-se em particulares e entidades sociais. Ainda assim, as empresas beneficiam de dedução de IVA, isenções fiscais e custos operacionais mais baixos, tornando a eletrificação da frota uma decisão sólida e sustentável.
Apostar numa estratégia elétrica reduz custos, cumpre metas ESG e reforça a imagem de marca.
Nota: as regras podem ser diferentes quando respeitem a viaturas ligeiras de passageiros cuja venda ou exploração constitua objeto de atividade do sujeito passivo (comércio, aluguer, táxi, UBER e outros TVDE, escola de condução, …).
FAQ – Perguntas frequentes
1) As empresas podem receber o incentivo de 5.000 €?
Não para ligeiros de passageiros. Os 5.000 € aplicam-se a IPSS e autarquias locais. Empresas privadas podem recorrer a outras tipologias (ex.: carregadores, bicicletas de carga, mercadorias).
2) Posso deduzir o IVA de um híbrido plug-in?
Sim mas com limites. A dedução integral de IVA aplica-se a viaturas 100% elétricas, de valor até 62.500 € + iva, afetas à atividade da empresa.
3) É obrigatório abater um veículo para ter acesso ao incentivo?
Sim, nas tipologias de ligeiros de passageiros (T1/T2) o abate é requisito obrigatório.
4) Existem outros apoios para empresas?
Sim: carregadores (T7), bicicletas de carga (T3) e programas para veículos de mercadorias elétricos, entre outros.
Próximo passo
Quer avaliar o impacto fiscal e operacional de eletrificar a sua frota? Fale connosco: ajudamos a identificar incentivos, calcular o TCO e definir a melhor solução para o seu negócio.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Retenue à la Source sur les Prestations de Fournisseurs Étrangers (Guide 2025)
Mis à jour le : 6 octobre 2025
Résumé rapide (TL;DR)
Les entreprises portugaises qui rémunèrent des fournisseurs étrangers peuvent devoir retenir un impôt de 25 %.
Avec le Modèle 21-RFI et un certificat de résidence fiscale valide, il est possible d’appliquer les conventions fiscales internationales et d’éviter la double imposition.
1. Qu’est-ce que la retenue à la source pour les services de fournisseurs étrangers ?
La retenue à la source consiste à déduire et à reverser à l’État l’impôt dû au moment du paiement.
Lorsqu’une entreprise portugaise paie un fournisseur étranger sans établissement stable au Portugal, une retenue peut s’appliquer si le revenu est considéré comme provenant du territoire portugais.
Exemples
✅ Conseil ou prestations techniques réalisées depuis l’Espagne → généralement soumis à retenue.
❌ Licence logicielle ou service numérique rendu depuis l’étranger → en principe exonéré.
En l’absence de convention fiscale, le taux général de retenue à la source est de 25 % du montant brut versé au fournisseur.
Exemple : Une société portugaise paie 10 000 € à une agence américaine → elle doit retenir 2 500 €, sauf application d’une convention.
Lorsqu’une convention fiscale internationale est applicable, le taux peut être réduit, voire supprimé, sous réserve de la documentation requise.
3. Application des conventions fiscales avec le Modèle 21-RFI
Le Portugal dispose de plus de 80 conventions fiscales bilatérales.
Pour en bénéficier, le fournisseur étranger doit fournir le Modèle 21-RFI dûment complété.
Nouvelle réglementation depuis 2019
Depuis la Loi n° 119/2019, la certification du modèle par les autorités fiscales étrangères n’est plus exigée.
Il suffit désormais de présenter :
Le Modèle 21-RFI signé par le bénéficiaire du revenu ;
Un certificat de résidence fiscale délivré par les autorités du pays de résidence.
Les deux documents doivent être datés avant la prestation du service et sont valables un an.
Versions disponibles
🇪🇸 Portugais / Espagnol – uniquement pour les opérations avec l’Espagne.
🌐 Portugais / Anglais – pour tous les autres pays.
Sanctions : amendes et perte de déductibilité fiscale en cas de non-respect.
5. Cas pratiques et erreurs fréquentes
Cas 1 – Avec convention (Espagne)
Le fournisseur espagnol transmet le 21-RFI PT/ES signé et le certificat de résidence fiscale.
→ Le paiement est exonéré de retenue.
→ L’entreprise portugaise déclare le paiement via le Modèle 30.
Cas 2 – Sans convention (États-Unis)
Sans certificat de résidence, la société portugaise doit retenir 25 % du montant versé.
Erreurs courantes
Appliquer une exonération sans documentation valide ;
Oublier de demander le certificat de résidence ;
Utiliser des formulaires obsolètes ;
Ne pas soumettre le Modèle 30.
6. Bonnes pratiques pour assurer la conformité
Vérifier s’il existe une convention de double imposition avec le pays du fournisseur ;
Demander le Modèle 21-RFI et le certificat de résidence avant le paiement ;
Conserver les copies pendant au moins quatre ans ;
Soumettre le Modèle 30 dans les délais ;
Consulter un expert-comptable certifié en cas de doute.
7. Conclusion
Respecter les règles de retenue à la source sur les paiements à des fournisseurs étrangers évite les sanctions et garantit la conformité fiscale.
La procédure actuelle est simplifiée : 21-RFI signé + certificat de résidence fiscale.
Une documentation correcte et transmise dans les délais protège votre entreprise contre les risques fiscaux.
Points Clés
Vérifiez si le revenu est considéré comme obtenu au Portugal.
Appliquez la convention fiscale via le Modèle 21-RFI.
Joignez un certificat de résidence à jour.
Déclarez les paiements à l’aide du Modèle 30.
Évitez les erreurs sources de pénalités.
FAQ – Questions Fréquentes
Dois-je retenir un impôt lors du paiement à une entreprise étrangère ?
Oui, si le revenu est considéré comme provenant du Portugal et qu’aucune convention n’est applicable.
Le Modèle 21-RFI doit-il être certifié par le fisc étranger ?
Non. Depuis 2019, il suffit du formulaire signé et du certificat de résidence fiscale.
Que se passe-t-il si je ne transmets pas le Modèle 30 ?
Vous pouvez encourir des amendes et perdre la déductibilité fiscale de la dépense.
Le Modèle 21-RFI est-il valable un an ?
Oui. Il doit être renouvelé chaque année pour continuer à bénéficier de la convention.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Withholding Tax on Payments to Foreign Service Providers (2025 Guide)
Updated on: October 6, 2025
Quick Summary (TL;DR)
Portuguese companies paying foreign service providers may be required to withhold tax at a 25% rate.
By submitting the Model 21-RFI and a valid tax residence certificate, it is possible to apply double taxation treaties and avoid overpayment.
1. What is withholding tax on payments to foreign providers?
Withholding tax is the act of deducting and remitting tax to the State at the time of payment.
When a Portuguese company pays a foreign entity without a permanent establishment in Portugal, tax may need to be withheld if the income is deemed obtained in Portuguese territory.
Examples
✅ Consultancy or technical services provided from Spain → usually subject to withholding.
❌ Software licences or online subscriptions provided entirely abroad → generally exempt.
Penalties: fines and potential loss of tax deductibility for non-compliance.
5. Practical examples and common mistakes
Example 1 – With treaty (Spain)
The Spanish provider sends a signed Model 21-RFI (PT/ES) and a valid tax residence certificate.
→ Payment is exempt from withholding.
→ The Portuguese company still files the Model 30.
Example 2 – Without treaty (USA)
If no certificate of residence is provided, the Portuguese payer must withhold 25% of the total payment.
Frequent mistakes
Applying exemption without proper documentation;
Failing to request a residence certificate;
Using outdated forms;
Omitting the Model 30 declaration.
6. Best practices for compliance
Always verify if a double taxation treaty exists with the supplier’s country;
Request the Model 21-RFI and tax residence certificate before payment;
Keep copies of documents for at least four years;
Submit the Model 30 within the legal deadline;
Consult a certified accountant when in doubt.
7. Conclusion
Complying with Portuguese withholding tax rules on payments to foreign suppliers prevents penalties and ensures legal compliance.
The process is now simpler – just a signed Model 21-RFI and a valid residence certificate.
Accurate and timely documentation protects your business from unexpected tax costs.
Key Takeaways
Check if the income is deemed obtained in Portugal.
Apply the double taxation treaty using Model 21-RFI.
Attach a valid tax residence certificate.
Report payments using Model 30.
Avoid penalties and loss of deductibility.
Frequently Asked Questions (FAQ)
Do I have to withhold tax when paying a foreign company?
Yes, if the income is deemed obtained in Portugal and no treaty exemption applies.
Does Model 21-RFI need certification by the foreign tax authority?
No. Since 2019, only the signed form and residence certificate are required.
What happens if I don’t file the Model 30?
You may face fines, and the expense may no longer be tax-deductible.
Is the Model 21-RFI valid for one year?
Yes, it must be renewed annually to continue applying the treaty benefits.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Retención en la Fuente sobre Servicios Prestados por Proveedores Extranjeros (Guía 2025)
Actualizado el: 6 de octubre de 2025
Resumen rápido (TL;DR)
Las empresas portuguesas que contratan proveedores extranjeros pueden tener que retener un impuesto del 25%. Con el Modelo 21-RFI y el certificado de residencia fiscal, es posible aplicar los convenios de doble imposición y evitar pagos indebidos.
1. Qué es la retención en la fuente para servicios de proveedores extranjeros
La retención en la fuente consiste en descontar e ingresar al Estado el impuesto correspondiente en el momento del pago.
Cuando una empresa portuguesa paga a un proveedor extranjero sin establecimiento permanente en Portugal, puede existir la obligación de retener si la renta se considera obtenida en territorio portugués.
Ejemplos prácticos
✅ Consultoría o servicios técnicos realizados desde España → normalmente sujetos a retención.
❌ Licencia de software o servicio digital prestado fuera de Portugal → generalmente exento.
Si no existe convenio aplicable, la tasa general es del 25% sobre el importe bruto pagado al proveedor extranjero.
Ejemplo: Pago de 10 000 € a un diseñador estadounidense → retención obligatoria de 2 500 €, salvo convenio.
Cuando existe un convenio de doble imposición, la tasa puede reducirse o incluso quedar exenta, siempre que se presenten los documentos adecuados.
3. Cómo aplicar el convenio de doble imposición con el Modelo 21-RFI
Portugal mantiene convenios de doble imposición con más de 80 países. Para beneficiarse de ellos, es obligatorio presentar el Modelo 21-RFI, que acredita el derecho a la exención o reducción de la retención.
Nuevas reglas desde 2019
Con la Ley n.º 119/2019, ya no se exige la certificación del modelo por parte de las autoridades fiscales extranjeras.
Ahora basta con:
El Modelo 21-RFI firmado por el beneficiario de la renta;
Un certificado de residencia fiscal emitido por la autoridad competente del país de residencia.
Ambos documentos deben tener fecha anterior a la prestación del servicio y son válidos por un año.
Consecuencias: sanciones y pérdida de deducibilidad fiscal en caso de incumplimiento.
5. Casos prácticos y errores comunes
Con convenio (ejemplo España)
El proveedor envía el 21-RFI PT/ES firmado y el certificado de residencia fiscal. El pago está exento y el cliente presenta el Modelo 30.
Sin convenio (ejemplo EE.UU.)
Sin certificado de residencia, la empresa portuguesa debe retener el 25% del importe pagado.
Errores frecuentes
Aplicar exención sin documentación válida;
No solicitar el certificado de residencia;
Usar formularios antiguos;
Olvidar la presentación del Modelo 30.
6. Buenas prácticas para cumplir correctamente
Verificar si existe convenio de doble imposición con el país del proveedor;
Solicitar el Modelo 21-RFI y el certificado de residencia antes del pago;
Guardar copias de los documentos durante al menos cuatro años;
Presentar el Modelo 30 dentro del plazo;
Consultar a un contador certificado en caso de duda.
7. Conclusión
Cumplir con las normas de retención en la fuente sobre servicios a proveedores extranjeros evita sanciones y garantiza la conformidad fiscal.
El procedimiento actual es sencillo: 21-RFI firmado + certificado de residencia fiscal.
Presentar la documentación correcta y dentro del plazo es clave para evitar costes innecesarios.
Conclusiones clave
Verifica si el pago se considera renta obtenida en Portugal.
Aplica el convenio de doble imposición con el 21-RFI.
Adjunta un certificado de residencia actualizado.
Declara todos los pagos mediante el Modelo 30.
Evita errores que generen sanciones o pérdida de deducibilidad.
Preguntas frecuentes (FAQ)
Debo retener impuestos al pagar un servicio a una empresa extranjera?
Sí, si la renta se considera obtenida en Portugal y no hay convenio aplicable.
El Modelo 21-RFI necesita certificación del fisco extranjero?
No. Desde 2019 basta con el formulario firmado y el certificado de residencia fiscal.
Qué ocurre si no presento el Modelo 30?
Puede haber sanciones y la deducción fiscal del gasto puede ser denegada.
El Modelo 21-RFI tiene validez anual?
Sí. Debe renovarse cada año para seguir aplicando el convenio.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Retenção na Fonte sobre Serviços Prestados por Fornecedores Estrangeiros (Guia 2025)
Atualizado em: 6 de outubro de 2025
Resumo rápido (TL;DR)
Empresas portuguesas que contratam fornecedores estrangeiros podem ter de reter imposto à taxa de 25%.
Com o Modelo 21-RFI e o certificado de residência fiscal, é possível aplicar convenções de dupla tributação e evitar pagamentos indevidos.
1. O que é a retenção na fonte sobre serviços de fornecedores estrangeiros
A retenção na fonte é o ato de deduzir e entregar ao Estado o imposto devido no momento do pagamento.
Quando uma empresa portuguesa paga a um fornecedor estrangeiro sem estabelecimento estável em Portugal, pode haver obrigação de reter imposto se o rendimento for considerado obtido em território português.
Exemplos práticos
✅ Consultoria ou serviços técnicos prestados a partir de Espanha → normalmente sujeitos a retenção.
❌ Licença de software ou subscrição digital prestada fora de Portugal → geralmente isenta.
Sem convenção aplicável, a taxa geral é de 25 % sobre o valor bruto pago ao fornecedor estrangeiro.
Exemplo: Pagamento de 10 000 € a um prestador americano → retenção obrigatória de 2 500 €, salvo convenção.
Quando existe convenção de dupla tributação, a taxa pode ser reduzida ou até isenta, desde que sejam apresentados os documentos corretos.
3. Como aplicar a convenção de dupla tributação com o Modelo 21-RFI
Portugal tem convenções ativas com mais de 80 países. Para beneficiar dessas convenções, é obrigatório apresentar o Modelo 21-RFI, que comprova o direito à isenção ou redução da retenção.
Novas regras desde 2019
Com a Lei n.º 119/2019, deixou de ser necessária a certificação do 21-RFI pelas autoridades fiscais estrangeiras.
Agora basta:
O Modelo 21-RFI assinado pelo beneficiário dos rendimentos;
Um certificado de residência fiscal emitido pela autoridade competente do país de residência.
Ambos devem ter data anterior à prestação do serviço e são válidos por um ano.
Versões do modelo
🇪🇸 Português / Espanhol – exclusivo para Espanha.
🌐 Português / Inglês – para todos os outros países.
Consequências: coimas e perda de dedutibilidade fiscal se o envio for omitido.
5. Casos práticos e erros comuns
Com convenção (exemplo Espanha)
O fornecedor envia o 21-RFI assinado e o certificado de residência fiscal.
O pagamento é isento e o cliente entrega o Modelo 30.
Sem convenção (exemplo EUA)
Sem certificado de residência, a empresa portuguesa deve reter 25 % sobre o valor pago.
Erros mais frequentes
Aplicar isenção sem documentação válida;
Não pedir certificado de residência;
Usar formulários desatualizados;
Esquecer o envio do Modelo 30.
6. Boas práticas para cumprir corretamente
Verificar se existe convenção de dupla tributação com o país do fornecedor;
Solicitar o Modelo 21-RFI e o certificado de residência antes do pagamento;
Guardar cópias por quatro anos;
Entregar o Modelo 30 dentro do prazo;
Consultar um contabilista certificado.
7. Conclusão
Cumprir as regras de retenção na fonte sobre serviços a fornecedores estrangeiros evita problemas fiscais e garante conformidade.
O processo é simples: 21-RFI assinado + certificado de residência fiscal.
A informação correta, entregue no momento certo, evita custos desnecessários.
Principais Lições
Verifica se o pagamento é rendimento obtido em Portugal.
Aplica a convenção de dupla tributação com o 21-RFI.
Anexa o certificado de residência atualizado.
Comunica os pagamentos via Modelo 30.
Evita erros que gerem coimas ou perda de dedutibilidade.
FAQ – Perguntas Frequentes
Preciso de reter imposto ao pagar um serviço a uma empresa estrangeira?
Sim, se o rendimento for considerado obtido em Portugal e não houver convenção aplicável.
O Modelo 21-RFI precisa de certificação pelo fisco estrangeiro?
Não. Desde 2019 basta o formulário assinado e o certificado de residência fiscal.
O que acontece se eu não entregar o Modelo 30?
Pode haver coimas e a despesa pode deixar de ser fiscalmente dedutível.
O Modelo 21-RFI tem validade anual?
Sim. Deve ser renovado todos os anos para continuar a beneficiar da convenção.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Sempre sonhei em criar uma história épica, cheia de aventura, emoção e personagens inesquecíveis.
Com a ajuda de ferramentas de inteligência artificial, consegui transformar ideias soltas em palavras, dar vida a um mundo fantástico e construir uma narrativa que me enche de orgulho: A Última Lâmina de Etherion.
No coração de Etherion, um reino marcado por antigas lendas e ameaçado por trevas esquecidas, um jovem ferreiro vê-se lançado numa jornada que mudará para sempre o destino do mundo.
Quando um eclipse mergulha a sua aldeia na escuridão e criaturas sombrias emergem da floresta, Eryon descobre que o seu mestre esconde um segredo que o liga a uma arma lendária: a Lâmina Celestial.
Esta espada não serve para destruir, mas para purificar — e só alguém capaz de “ouvir” o mundo pode empunhá-la.
Acompanhado por Lyra, uma ladra astuta em busca da irmã perdida, e por Tharos, um guerreiro que carrega o peso de um passado doloroso, Eryon parte numa missão perigosa.
O seu destino: Valtherion, a cidade que lembra, e a fortaleza de Halvor, onde o temível Senhor das Cinzas planeia mergulhar o mundo num silêncio eterno.
“A escuridão nunca desaparece por completo,
mas enquanto houver quem lute pela luz, Etherion terá voz.”
Este livro é mais do que uma história — é o resultado de um sonho pessoal, ajustar e imaginar, sempre com a ajuda da criatividade humana e da tecnologia.
📖 Convido-te a ler A Última Lâmina de Etherion e descobre um universo de magia, amizade e coragem.
A tua leitura é o que dá vida a este mundo que criei.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Porque os Modelos de Linguagem “Alucinam” – e Porque Isto É Ainda Mais Importante em Português
TL;DR: As alucinações em IA não são simples falhas, mas resultado estatístico inevitável. Em português, devido a menos dados e benchmarks, o problema é mais grave. A solução passa por melhorar dados, treinar modelos para dizer “não sei” e criar benchmarks lusófonos.
O que são alucinações em IA
As chamadas alucinações em modelos de linguagem acontecem quando um sistema gera uma resposta plausível, mas incorreta. Por exemplo, afirmar que “a capital da Austrália é Sydney” em vez de Canberra. Estes erros não resultam de programação defeituosa, mas sim da forma como o modelo aposta estatisticamente na resposta mais provável.
Principais descobertas do estudo
Segundo o artigo “Why Language Models Hallucinate” (Kalai et al., 2025), as alucinações decorrem de três fatores centrais:
Inevitabilidade estatística: mesmo com dados perfeitos, o modelo tem de arriscar quando não sabe.
Incentivos enviesados: os modelos são treinados para responder, não para admitir incerteza.
Benchmarks inadequados: raramente existe espaço para a resposta “não sei”.
O desafio extra para modelos em português
No caso do português europeu, o problema é agravado por três razões:
Menos dados: comparativamente ao inglês, há menor volume de texto digitalizado.
Qualidade variável: muitos conteúdos são traduções automáticas ou pouco fiáveis.
Benchmarks inexistentes: não há métricas sólidas para medir factualidade em português.
Estratégias para reduzir alucinações
Melhorar bases de dados: incluir jornais, legislação, Wikipédia PT e fontes locais.
Treinar para “não sei”: recompensar a abstenção em vez de respostas erradas.
Verificação externa: ligar modelos a bases factuais portuguesas.
Criar benchmarks lusófonos: conjuntos de teste adaptados ao português europeu.
Tabela comparativa: inglês vs português
Aspeto
Inglês
Português
Volume de dados
Extenso e diversificado
Limitado e fragmentado
Qualidade média
Alta, com fontes académicas
Variável, muitas traduções
Benchmarks específicos
Numerosos e robustos
Quase inexistentes
Conclusão
As alucinações em IA são inevitáveis devido a limitações estatísticas e incentivos atuais. No entanto, em português europeu o risco é amplificado pela falta de dados e benchmarks. A solução passa por investir em fontes de qualidade, criar métricas próprias e treinar modelos para reconhecerem a sua própria incerteza.
FAQ – Perguntas Frequentes
As alucinações podem ser eliminadas totalmente?
Não. São inevitáveis pela natureza estatística dos modelos. Mas podem ser reduzidas com melhores dados e incentivos corretos.
Porque são piores em português do que em inglês?
Porque há menos dados disponíveis, maior variação na qualidade e ausência de benchmarks específicos para medir precisão em português europeu.
Como as empresas portuguesas podem lidar com este problema?
Ao adotar soluções híbridas que combinem IA generativa com bases de dados locais verificadas, e ao exigir modelos calibrados para lidar com incerteza.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Os 3 Pilares do Crescimento das PME: Estratégia, Talento e Inteligência Artificial
Num mercado cada vez mais competitivo e em constante mudança, as Pequenas e Médias Empresas (PME) enfrentam desafios únicos: falta de recursos, concorrência com grandes players e a necessidade de se adaptarem rapidamente às novas tendências. Ao mesmo tempo, estas empresas são a espinha dorsal da economia, responsáveis por grande parte do emprego e da inovação em diversos setores.
Contudo, muitas PME ficam presas ao dia a dia operacional, reagindo a problemas em vez de planearem o crescimento de forma estratégica. O resultado? Perdem oportunidades, vêem os custos aumentar e acabam por ficar para trás.
Para crescer de forma sustentável e competitiva, é essencial construir uma base sólida assente em três pilares fundamentais:
Estratégia, que define o rumo da empresa e orienta cada decisão.
Talento, que garante que a equipa tem a motivação e as competências necessárias para executar essa visão.
Inteligência Artificial (IA), que traz inovação, eficiência e uma vantagem competitiva através da tecnologia.
Prepare-se para descobrir como alinhar pessoas, processos e tecnologia para desbloquear todo o potencial da sua empresa.
Pilar 1 – Estratégia: a bússola do crescimento
Imagine tentar atravessar o oceano sem um mapa ou uma bússola. É exatamente isso que acontece quando uma PME opera sem uma estratégia bem definida: toma decisões ao acaso, gasta recursos de forma ineficaz e corre o risco de ficar à deriva num mercado competitivo.
A estratégia empresarial é o plano que orienta todas as decisões, define prioridades e estabelece os caminhos para alcançar os objetivos. Para uma PME, ter uma estratégia clara não é um luxo – é uma necessidade para sobreviver e crescer.
Porque a estratégia é tão importante
Direção clara: ajuda todos na empresa a saberem para onde estão a ir e porquê.
Tomada de decisão eficaz: evita escolhas baseadas apenas na intuição ou na urgência do momento.
Vantagem competitiva: permite diferenciar-se da concorrência através de um posicionamento único.
Sustentabilidade a longo prazo: reduz riscos e aumenta a resiliência do negócio.
Elementos-chave de uma boa estratégia
Missão e Visão Claras – a missão define o propósito, a visão descreve onde a empresa quer chegar.
Análise de Mercado e Concorrência – compreender clientes, tendências e concorrentes.
Definição de Objetivos e Indicadores – metas claras e mensuráveis.
Plano de Ação Detalhado – passos concretos e responsabilidades bem definidas.
Acompanhamento e Ajustes Contínuos – rever e adaptar com regularidade.
Erros comuns que as PME devem evitar
Trabalhar sem objetivos claros.
Não comunicar a estratégia à equipa.
Ignorar dados e métricas na tomada de decisão.
Não rever os resultados e corrigir o rumo.
Ferramentas simples e acessíveis
Google Analytics e Google Trends para análise de mercado.
Canva ou Miro para visualização de planos estratégicos.
Excel ou Google Sheets para acompanhar métricas.
Trello ou Asana para gestão de projetos.
Dica prática: comece com apenas três objetivos estratégicos prioritários para os próximos 12 meses.
Pilar 2 – Talento: o motor que impulsiona a empresa
Se a estratégia é a bússola que guia a empresa, o talento é o motor que a faz avançar. Sem uma equipa motivada e qualificada, até a melhor estratégia fica apenas no papel. Para uma PME, investir nas pessoas não é opcional – é vital.
Desafios comuns na gestão de talento
Atrair profissionais qualificados num mercado competitivo.
Reter e motivar a equipa para reduzir a rotatividade.
Desenvolver líderes internos para apoiar o crescimento.
Estratégias práticas para fortalecer o talento
Cultura organizacional forte – valores claros e ambiente colaborativo.
Formação contínua – cursos online acessíveis e planos de carreira.
Benefícios não financeiros – horários flexíveis e equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
Recrutamento estratégico – processos claros e objetivos.
Dica prática: faça uma pesquisa interna para perceber o que motiva a sua equipa. Muitas vezes, as melhores ideias vêm de dentro.
Pilar 3 – Inteligência Artificial: a alavanca da inovação
Durante muito tempo, falar em Inteligência Artificial (IA) parecia algo distante, reservado apenas a grandes empresas. Hoje, a realidade é diferente: a IA está acessível e pode ser uma ferramenta poderosa para PME, permitindo otimizar processos, reduzir custos e ganhar vantagem competitiva.
Benefícios da IA para PME
Redução de custos através da automatização de tarefas.
Melhor tomada de decisão com base em dados.
Experiência do cliente aprimorada com chatbots e personalização.
Escalabilidade sem aumento proporcional de custos.
Exemplos práticos de aplicação
Marketing automatizado com plataformas como Mailchimp.
Chatbots para atendimento 24/7.
Gestão financeira inteligente com categorização automática de despesas.
Análise de dados com ferramentas como Power BI.
Nota: a IA deve complementar o talento humano, nunca substituí-lo.
Conclusão: unir os 3 pilares para desbloquear o crescimento
O crescimento sustentável de uma PME não acontece por acaso. É o resultado de escolhas estratégicas, de pessoas comprometidas e do uso inteligente da tecnologia.
Quando os três pilares – Estratégia, Talento e Inteligência Artificial – estão integrados, criam uma base sólida que permite à PME crescer, adaptar-se rapidamente e conquistar uma posição de destaque.
Agora, o próximo passo depende de si. Analise a sua empresa e pergunte-se:
A sua estratégia está clara e alinhada?
Tem a equipa certa e motivada?
Está a aproveitar a tecnologia para competir melhor?
Se respondeu “não” a alguma delas, este é o momento ideal para agir. Comece hoje com pequenos passos e evolua gradualmente.
Pronto para levar a sua PME para o próximo nível?
Se sente que a sua empresa pode crescer mais, mas ainda não sabe por onde começar, nós podemos ajudar.
Agende uma sessão de diagnóstico gratuita e descubra:
✔Onde estão os principais obstáculos que impedem o crescimento.
✔Como alinhar estratégia, talento e tecnologia para resultados rápidos e sustentáveis.
✔Quais as ações prioritárias que pode implementar já nos próximos 30 dias.
Não espere mais para desbloquear o potencial da sua PME.
Dê o primeiro passo hoje e transforme a sua empresa.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Guia Prático para PME: Como Aplicar High Output Management e Aumentar Resultados
⚡ TL;DR
As PME enfrentam o desafio de crescer com poucos recursos e equipas pequenas. O livro High Output Management, de Andrew Grove, apresenta princípios de gestão que podem ser adaptados ao contexto português para aumentar a eficiência, melhorar processos e motivar colaboradores.
Neste guia vai aprender a aplicar 5 pilares fundamentais: processos claros, alavancagem da gerência, estrutura organizacional simples, gestão de pessoas eficaz e tomada de decisões rápidas baseadas em dados. No final, encontra uma tabela-resumo e um plano prático para os primeiros 90 dias.
Gerir uma pequena ou média empresa (PME) em Portugal é um desafio diário. Recursos limitados, equipas reduzidas e forte dependência do tempo do gestor tornam o crescimento difícil e muitas vezes desorganizado. Muitos empresários acabam presos a tarefas operacionais, sem tempo para pensar em estratégias de expansão.
Foi para cenários como este que Andrew Grove, antigo CEO da Intel, escreveu o clássico High Output Management. Embora inspirado no contexto de uma gigante tecnológica, o livro oferece princípios universais que podem ser aplicados em empresas de qualquer dimensão, incluindo PME portuguesas.
Este guia mostra como aplicar os conceitos de High Output Management na gestão de PME, para otimizar processos e impulsionar o crescimento.
Com este guia pode começar a transformar a sua empresa através de 5 pilares práticos de gestão, com exemplos reais e passos claros que pode começar a implementar de imediato.
1. O que é High Output Management?
O conceito central de High Output Management é que o papel do gestor é multiplicar o output da organização.
Grove defende que o impacto do gestor não está em executar tarefas, mas em criar sistemas e processos que permitem que a equipa produza mais e melhor, mesmo na sua ausência.
Para as PME, esta ideia é transformadora: significa que o dono ou gestor deve focar-se em atividades de alto impacto (estratégia, contratações, parcerias), enquanto estrutura processos e pessoas para que o dia a dia funcione com autonomia.
2. Pilar 1 – Processos e Eficiência Operacional
Sem processos claros, uma PME fica dependente do improviso. Isto gera erros, atrasos e clientes insatisfeitos. Grove usa a metáfora da “fábrica de pequenos-almoços” para mostrar que qualquer empresa é, no fundo, um sistema de produção: inputs → processos → outputs.
Como aplicar numa PME
Mapeie 3 a 4 processos críticos: vendas, produção, faturação, atendimento.
Defina indicadores simples (KPIs): número de clientes, prazo médio de entrega, % de reclamações resolvidas.
Documente as etapas: listas claras em Google Docs, Notion ou Trello.
Reveja semanalmente: reserve 30 minutos para analisar resultados e identificar falhas.
Exemplo real: uma pastelaria portuguesa reduziu em 40% os erros nas encomendas apenas ao padronizar o registo de pedidos num único sistema e ao acompanhar métricas semanais.
3. Pilar 2 – Alavancagem da Gerência
Muitos donos de PME fazem de tudo: vendem, atendem clientes, aprovam faturas e até gerem redes sociais. Isso transforma o gestor no maior entrave da empresa. Grove chama a atenção para a alavancagem da gerência: aumentar o impacto através da equipa e dos processos.
Como aplicar numa PME
Liste as suas atividades semanais e identifique o que pode delegar.
Classifique tarefas por impacto: concentre-se nas que geram mais resultados.
Delegue com clareza: explique objetivos, crie checklists e defina pontos de controlo.
Implemente reuniões one-on-one: 30 minutos semanais para feedback e alinhamento.
Estabeleça limites de decisão para dar autonomia sem perder controlo.
Exemplo real: uma loja online portuguesa reduziu em 35% os atrasos de entrega ao delegar o atendimento a um colaborador e ao implementar reuniões quinzenais de alinhamento.
4. Pilar 3 – Estrutura Organizacional
À medida que a empresa cresce, surgem dúvidas e conflitos: quem decide? Quem responde ao cliente? Sem uma estrutura clara, a PME torna-se caótica. Grove defende que a estrutura deve refletir como o trabalho realmente acontece.
Como aplicar numa PME
Mapeie funções essenciais: vendas, operações, finanças, marketing, gestão de pessoas.
Crie um organograma simples para mostrar responsabilidades e comunicação.
Defina responsabilidades claras com objetivos e indicadores.
Evite burocracia: só crie níveis hierárquicos quando for mesmo necessário.
Gestão por resultados: avalie pelo que é entregue, não pelo tempo de trabalho.
Exemplo real: uma consultora portuguesa reduziu em 50% os conflitos internos e aumentou 20% a produtividade após criar um organograma simples e definir KPIs por função.
5. Pilar 4 – Gestão de Pessoas e Feedback
Para Grove, treinar e motivar pessoas é uma das funções centrais do gestor. Nas PME, muitas vezes falta estrutura para integrar, motivar e reter colaboradores, o que leva a alta rotatividade.
Como aplicar numa PME
Onboarding estruturado: cultura, expectativas, formação prática.
Feedback frequente: imediato, objetivo e construtivo.
Planos de desenvolvimento simples: formações online, workshops internos.
Conversas difíceis: resolver problemas de desempenho rapidamente.
Exemplo real: uma agência de marketing digital em Lisboa reduziu em 50% a rotatividade e aumentou 25% a satisfação da equipa ao implementar onboarding estruturado e reuniões quinzenais de feedback.
6. Pilar 5 – Tomada de Decisões Rápida e Baseada em Dados
Decisões lentas ou baseadas apenas em intuição podem custar caro a uma PME. Grove defende que é melhor decidir rápido com 70% de informação e corrigir, do que esperar pela certeza e perder oportunidades.
Como aplicar numa PME
Processo simples de decisão: identificar problema, recolher dados essenciais, gerar 2-3 opções, decidir rápido, rever resultados.
Basear-se em dados: acompanhar KPIs semanais em vendas, operações e atendimento.
Reuniões estratégicas curtas: 45 minutos para rever resultados e decidir ações.
Testar em pequena escala: lançar MVP antes de investir em grande.
Definir limites de autonomia para que a equipa decida sem bloquear processos.
Exemplo real: uma PME de logística no Porto reduziu o tempo de implementação de novos serviços de 30 para 7 dias ao adotar reuniões semanais curtas e testes-piloto em pequena escala.
7. Tabela Resumo
Princípio
Aplicação na PME
Medir para gerir
Definir KPIs simples em processos críticos
Alavancagem da gerência
Delegar tarefas e focar em decisões estratégicas
Estrutura clara
Organograma simples e responsabilidades bem definidas
Gestão por resultados
Avaliar colaboradores por objetivos e entregas
Formação e feedback
Onboarding estruturado e reuniões one-on-one
Decisão baseada em dados
Processos rápidos de decisão e testes em pequena escala
8. Conclusão
Gerir uma PME em Portugal é desafiante, mas também uma oportunidade de criar algo sólido e sustentável. Os princípios de High Output Management mostram que não é necessário ter uma grande estrutura para alcançar grandes resultados, basta implementar processos claros, delegar com inteligência, estruturar a equipa, investir em pessoas e decidir com agilidade.
Com este guia, tem agora um caminho prático para os primeiros 90 dias. Comece por mapear os seus processos, implemente métricas simples e crie um sistema de reuniões e feedback. Aos poucos, a sua PME deixará de depender apenas de si e passará a funcionar como uma máquina bem afinada.
FAQ – Perguntas Frequentes
O que é High Output Management?
É um livro escrito por Andrew Grove, ex-CEO da Intel, que apresenta princípios de gestão focados em aumentar o resultado das equipas através de processos claros, feedback eficaz e decisões rápidas. Apesar de ter sido inspirado numa grande empresa tecnológica, os conceitos aplicam-se perfeitamente às PME.
Como aplicar estes princípios numa pequena empresa em Portugal?
O segredo é simplificar: comece por mapear processos críticos (como vendas e atendimento), defina KPIs básicos, delegue tarefas com checklists, implemente reuniões rápidas de feedback e adote decisões baseadas em dados. Ferramentas acessíveis como Google Sheets, Trello ou softwares portugueses de gestão (como Moloni ou ToConline) podem ser grandes aliados neste processo.
Preciso de investir muito em tecnologia para aplicar estas ideias?
Não. Muitas melhorias podem ser feitas com ferramentas gratuitas ou de baixo custo, como Google Drive, WhatsApp Business ou Trello. O importante é começar a medir, estruturar e comunicar de forma clara. A tecnologia deve ser um apoio, não um obstáculo.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Gemini 2.5 Flash Image: como usar grátis a nova geração de imagens por IA da Google
· Guia completo
TL;DR
O Gemini 2.5 Flash Image é o novo modelo de geração/edição de imagens por IA da Google. Podes usá-lo gratuitamente na app Gemini e no Adobe Firefly (20 imagens/mês). Para uso ilimitado, há planos pagos e API (~0,04 USD por imagem). Abaixo explico funcionalidades, limites e dicas para melhores resultados.
O que é o Gemini 2.5 Flash Image?
O Gemini 2.5 Flash Image é o modelo mais avançado de geração de imagens por IA da Google, também chamado de “nano-banana”. Junta criatividade com edição inteligente e segurança digital.
Cria imagens a partir de texto com qualidade fotográfica ou artística.
Edita imagens mantendo a consistência visual de personagens e objetos.
Combina várias imagens numa composição coerente.
Renderiza texto dentro das imagens com maior precisão.
Inclui SynthID invisível e marca de água visível para autenticidade.
Funcionalidades principais
1) Consistência visual
Conserva o mesmo estilo ou personagem em diferentes imagens/edições.
2) Edição natural por texto
Comandos simples como “remover fundo”, “mudar roupa” ou “adicionar chapéu”.
3) Fusão de imagens
Combina várias imagens de origem para composições complexas.
4) Renderização de texto
Útil para logótipos, cartazes e lettering dentro das imagens.
5) Segurança e transparência
Marcações digitais para rastreabilidade e uso responsável.
Onde está disponível
App Gemini — acesso direto (plano gratuito disponível em muitos países).
Adobe Firefly — integração com direito a 20 imagens grátis/mês.
Adobe Express — integração a partir de 1 de setembro de 2025.
Google AI Studio / Gemini API / Vertex AI — para equipas técnicas e empresas.
Uso gratuito vs pago
Plataforma
Gratuito
Pago
App Gemini
Incluído no plano grátis.
Funcionalidades premium com AI Pro ou AI Ultra.
Adobe Firefly
20 imagens grátis/mês.
Acesso ilimitado com subscrição (Firefly/Creative Cloud).
Adobe Express
Desde 01/09/2025, com limites semelhantes ao Firefly.
Estrutura recomendada:Verbo + sujeito + ação + cena + estilo
Cria uma imagem hiper-realista de um astronauta a caminhar numa praia tropical ao pôr do sol,
proporção 16:9, estilo fotografia cinematográfica.
Usa linguagem fotográfica (ângulo, lente, iluminação).
Define proporções (2:3, 16:9, quadrado, etc.).
Itera: ajusta detalhes até obteres o resultado ideal.
Limitações e desafios
Texto longo dentro das imagens pode sair imperfeito.
Consistência total entre edições pode exigir refinamento.
As imagens incluem marcações IA (ético e transparente, mas nem sempre desejado).
Conclusão
O Gemini 2.5 Flash Image destaca-se pela qualidade e controlo criativo. Para uso casual, a versão gratuita na app Gemini e no Firefly chega; para produção regular, considera planos pagos ou a integração via API.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Neste vídeo, em poucos minutos, vais ficar a conhecer os passos essenciais para construir agentes de IA eficazes, desde a engenharia de prompts até arquiteturas multiagente, segurança e escalabilidade. Um guia visual para empresas que querem aplicar Inteligência Artificial com impacto real.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Reinforcement Fine-Tuning (RFT): como treinar modelos de raciocínio com poucos dados
Do conceito à prática: rubricas de avaliação, design de tarefas, métricas e armadilhas comuns.
por Vitor Martins
Os modelos de raciocínio estão a transformar tarefas complexas. A questão é como adaptá-los a casos específicos sem grandes datasets.
A resposta é o Reinforcement Fine-Tuning (RFT): com dezenas a poucas centenas de exemplos e um grader bem desenhado, consegues ganhos de precisão e consistência. Este guia cobre o ciclo completo, do design da tarefa à colocação em produção.
1) O que é RFT e quando (não) usar
1.1 Conceito em 1 minuto
O RFT é um ciclo de tentativa-e-erro com recompensa:
O modelo gera múltiplas respostas para o mesmo input.
Um grader atribui uma pontuação contínua (0–1).
O modelo ajusta-se para maximizar essa recompensa, aprendendo como pensar.
1.2 RFT vs. SFT vs. PFT
Técnica
Dados necessários
Sinal de treino
Casos típicos
SFT
Pares input→output
Resposta correta
Classificação simples; formatos fixos
PFT
“Melhor vs. pior”
Preferência relativa
Estilo, tom, marketing
RFT
Exemplos + grader
Pontuação contínua
Raciocínio, jurídico, compliance, saúde
1.3 Quando faz sentido
Tarefas com resposta objetivamente verificável.
Baseline > 0 no modelo alvo (há algum acerto inicial).
O raciocínio é mais crítico do que “saber factos”.
Dica: esgota primeiro prompt engineering e RAG; só depois investe em RFT.
2) Desenhar a tarefa e o grader
2.1 Escolha da tarefa
Escopo estreito, outputs verificáveis.
Evitar políticas/rotulagens conflituosas no mesmo dataset.
Exemplos curtos e de avaliação automática preferível.
2.2 Anatomia de um bom grader
Contínuo (0–1), não binário.
Estratificador (distingue “quase certo” de “certo”).
Robusto a erros de formato/saídas vazias.
Exemplo: usar F1-score em classificação multilabel.
2.3 Reward hacking: como evitar
Evita métricas únicas fáceis de contornar (ex.: só recall).
Combina precisão + recall; adiciona penalizações de inviabilidade.
Testa com exemplos adversariais e edge cases.
3) Preparação de dados: qualidade > quantidade
3.1 Quantos exemplos?
100–300 exemplos de alta qualidade costumam bastar para ganhos visíveis em RFT.
3.2 Curadoria prática
Balancear classes no treino.
Validar com macro (idealizado) e micro (realista).
Trocar IDs por nomes canónicos (semântica).
Remover duplicados e ruído; incluir exemplos “difíceis mas limpos”.
3.3 Estrutura mínima de um item
{
"id": "sample_001",
"prompt": "Classifica este excerto legal nas categorias EuroVoc L1.",
"input_text": "Este regulamento define regras para contratos de trabalho...",
"reference_labels": ["Emprego", "União Europeia"],
"metadata": {"idioma": "pt"}
}
4) Prompt e esquema de saída
4.1 Princípios do prompt
Curto, estável e com contexto essencial.
Lista canónica de opções visível quando aplicável.
Define formato de resposta obrigatório.
4.2 Structured outputs (recomendado)
{
"labels": ["Emprego", "União Europeia"]
}
Benefícios: parsing garantido, menos falhas no grader e monitorização mais simples em produção.
5) Métricas e avaliação
5.1 Métricas base
Precisão: dos rótulos previstos, quantos estão certos?
Recall: dos rótulos corretos, quantos foram previstos?
F1: média harmónica entre precisão e recall.
5.2 Estudo de variância
Corre cada amostra várias vezes (p.ex., 3–9). Observa média, máximo e variância.
Se o máximo for alto mas a média baixa, há espaço para o RFT elevar a consistência.
5.3 Painel mínimo
Curva de recompensa em treino vs. validação.
Precisão e recall separados ao longo dos passos.
Tokens de raciocínio (impactam custo/latência).
Erros do grader e tempo de avaliação.
6) Treino com RFT: passo-a-passo
Modelo base (p.ex., um modelo de raciocínio “mini”).
Reasoning effort: começa em low, sobe se necessário.
Prepara train e val com prompt embutido (se dinâmico/RAG).
Valida grader e schema antes de treinar.
Monitoriza gráficos; queres subida em treino e validação.
Guarda checkpoints (top-k melhores).
7) Escolha do checkpoint e colocação em produção
7.1 Seleção pelo objetivo
Baixa latência/custo: checkpoint com menos tokens de raciocínio.
Maior confiança: checkpoint com melhor precisão (ou F1 mais alto).
7.2 Monitorização em runtime
Taxa de parsing inválido.
Distribuição de classes prevista vs. histórica.
F1 proxy com amostras rotuladas periodicamente.
7.3 Controlo de custos
Limitar reasoning effort e contexto.
Caching estratégico.
Limiares de confiança e filtros.
8) Casos de uso práticos
Compliance/políticas: substituir pipelines de regras por um agente treinado em lógica de políticas.
Jurídico: classificação legal e verificação de conformidade.
Saúde: codificação clínica com graders validados por peritos.
9) Armadilhas comuns
Grader binário (sinal pobre).
Dados inconsistentes/ruidosos.
Overfitting ao treino balanceado sem validar em distribuição real.
Mudar o prompt no deployment.
Ignorar métricas de safety e adversarialidade.
10) Checklist final
✔️ Tarefa objetiva com baseline > 0
✔️ Grader contínuo, robusto e estratificador
✔️ Dados limpos, balanceados; nomes canónicos (sem IDs opacos)
✔️ Prompt estável + schema definido
✔️ Avaliação com variância e F1
✔️ Checkpoint alinhado a custo/qualidade
✔️ Monitorização ativa em produção
FAQ sobre RFT
P: Quantos exemplos preciso?
R: 100–300 exemplos de alta qualidade costumam ser suficientes para ganhos significativos.
P: Posso usar dados ruidosos?
R: Evita. Em RFT cada amostra pesa muito; reduz quantidade e melhora qualidade.
P: O RFT é caro?
R: O treino pode ser intensivo, mas a meta é obter performance de topo com modelos mais económicos, reduzindo o custo por chamada em produção.
P: Posso mudar o prompt depois?
R: Não é recomendado. Mantém o prompt de inferência alinhado com o usado no treino.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
OpenAI lança gpt-realtime: a nova geração de agentes de voz inteligentes
TL;DRO gpt-realtime é o novo modelo da OpenAI que transforma a forma como interagimos com assistentes de voz.
Com latência mínima, voz natural e multimodalidade, abre novas oportunidades em suporte ao cliente, educação,
saúde e produtividade, a custos mais acessíveis.
O que é o gpt-realtime?
O gpt-realtime é um modelo de inteligência artificial multimodal lançado pela OpenAI em agosto de 2025.
Diferente dos sistemas tradicionais, que dependiam de pipelines separados de speech-to-text e text-to-speech,
este modelo realiza processamento fala-para-fala direto, reduzindo a latência e preservando a naturalidade da comunicação.
Destaque 👉 Esta inovação posiciona o gpt-realtime como o assistente de voz mais avançado da atualidade
(OpenAI, 2025).
O gpt-realtime representa uma mudança de paradigma na IA conversacional. Combinando voz natural,
multimodalidade e integração em sistemas reais, abre caminho a novas formas de atendimento, ensino e acessibilidade.
👉 Pergunta-chave: a sua empresa está preparada para integrar esta tecnologia?
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Como Construir uma Equipa de Alto Desempenho: Playbook de 90 Dias (Lições do Desporto)
TL;DR: Equipa de alto desempenho nasce de 4 pilares: cultura clara, recrutamento pelos “certos”, playbook operacional e confiança coletiva. Aqui tens um plano de 90 dias, métricas e um FAQ para aplicar já.
O que é uma equipa de alto desempenho?
É um grupo com propósito claro, papéis bem definidos e disciplina operacional para entregar valor de forma consistente. O foco está na qualidade, previsibilidade e melhoria contínua.
Propósito e metas partilhadas.
Processos simples e repetíveis.
Feedback aberto e regular.
Confiança e responsabilidade mútua.
Os 4 princípios chave para construir (ou reinventar) uma equipa
1) Estabelecer um padrão claro
Define a missão, os valores e as regras simples de colaboração. A liderança vive os comportamentos esperados.
Missão numa frase: “Porque existimos?”
Regras práticas: respostas em 24h, reuniões objetivas, decisões registadas.
Documento curto de “acordos de equipa”.
2) Recrutar os “certos”, não apenas os melhores
Procura complementaridade, valores e motivação além da competência técnica.
Matriz de competências + avaliação de valores.
Diversidade intencional para potenciar soluções.
Rotação e reforço onde existem lacunas.
3) Criar um playbook operacional
Rotinas, ciclos e linguagem comum reduzem ruído e aumentam consistência.
Rituais semanais (15 min de alinhamento, revisão de bloqueios).
OKRs/SMART trimestrais.
Onboarding e processos documentados.
4) Cultivar confiança e vantagem coletiva
Resultados sustentados surgem de confiança, reconhecimento e inclusão.
Celebra “wins” rápidos e marcos.
Feedback contínuo 360º.
Todos vêm o impacto do seu trabalho.
Playbook de 90 dias (passo a passo)
Mês 1 — Ouvir e clarificar
Entrevistas rápidas 1:1 (escuta ativa).
Diagnóstico de bloqueios e forças.
Definir missão, valores e 3 regras simples da equipa.
Mês 2 — Estruturar e alinhar
Publicar o playbook v1 (processos, rituais, ferramentas).
Definir 3–5 OKRs de trimestre.
Estabelecer cadência de reuniões curtas.
Mês 3 — Medir, melhorar, celebrar
Rever métricas e aprender com desvios.
Remover desperdícios e simplificar passos.
Celebrar vitórias e atualizar o playbook v2.
Métricas e indicadores (simples e acionáveis)
Entrega: % de objetivos cumpridos, lead time, taxa de retrabalho.
Qualidade: erros por entrega, NPS/CSAT de clientes internos/externos.
Saúde da equipa: eNPS, rotatividade, burnout (sinais precoces).
Ritmo e foco: reuniões dentro do tempo, decisões registadas.
Erros comuns a evitar
Declarar valores sem os praticar.
Contratar apenas “estrelas” sem encaixe cultural.
Demasiadas ferramentas, poucos processos.
Falta de reconhecimento e de feedback honesto.
Recursos e ferramentas úteis
Gestão de tarefas: Trello, Asana, Jira.
Documentação: Notion, Confluence, SharePoint.
Feedback e reconhecimento: Forms, Bonusly, Kudos.
OKRs: planilhas simples ou ferramentas dedicadas.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Quanto tempo demora a ver resultados?
Com disciplina, as primeiras melhorias aparecem em ~90 dias. A consolidação ocorre nos ciclos seguintes.
O que é um playbook operacional?
É o manual prático da equipa: rituais, processos e linguagem comum para trabalhar com consistência.
Como medir a evolução?
Usa um conjunto pequeno de métricas: prazos cumpridos, qualidade entregue, satisfação da equipa e clientes.
E se a equipa for remota?
Redobra a clareza: documentação acessível, rituais curtos e regras de comunicação assíncrona.
Como garantir alinhamento contínuo?
Revisões mensais das métricas, atualização trimestral do playbook e cerimónias de retrospectiva.
Conclusão
Equipas de alto desempenho não surgem por acaso. Nascem de um padrão claro, recrutamento pelos “certos”, um playbook simples e confiança coletiva. O teu próximo passo começa hoje.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
IVA em Portugal — Guia “para leigos” para perceber e aplicar
Como perceber o IVA português de forma simples e colocar em prática no dia a dia.
Para quem é este guia e como usar: Este guia destina-se a leigos, pequenos empresários e freelancers que queiram dominar o básico do IVA em Portugal. Use-o como manual prático: leia seguido para uma visão geral ou salte para a secção do seu perfil (particular, ENI, empresa, etc.). Encontra explicações claras, exemplos reais e checklists para agir imediatamente, evitando erros e aproveitando todos os benefícios.
1. IVA em 5 minutos
O que é
IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) é um imposto indireto sobre o consumo. Sempre que compra um bem ou serviço em Portugal, geralmente uma parte do preço (uma percentagem) é IVA que a empresa vendedora cobra e depois entrega ao Estado. Por exemplo, numa compra de 100 € com IVA incluído, cerca de 19 € podem ser imposto (dependendo da taxa) e apenas ~81 € vão para o vendedor. O IVA existe na maioria dos países e foi introduzido em Portugal em 1986 para substituir um imposto anterior sobre vendas.
Para que serve / por que existe
O IVA serve para financiar serviços públicos (saúde, educação, infraestruturas) através da tributação do consumo. Quem consome mais, paga mais imposto indiretamente. É considerado um imposto neutro para as empresas (já que estas deduzem o IVA das suas próprias compras) e recai no consumidor final, tornando a tributação mais justa e difícil de evadir. Em suma, é uma forma do Estado arrecadar receita à medida que o dinheiro troca de mãos no mercado.
Quem é sujeito passivo
Em IVA, “sujeito passivo” não é o consumidor, mas sim o profissional ou empresa que tem de cobrar e entregar o IVA ao Estado. Ou seja, qualquer pessoa ou entidade que exerça uma atividade económica tributável (venda de produtos ou serviços) pode ser sujeito passivo de IVA – desde o canalizador freelancer até uma grande loja de eletrónica. Se emite faturas pelos seus serviços ou vendas, é potencialmente sujeito passivo de IVA. Contudo, há exceções e regimes especiais (ver adiante): pequenos negócios podem estar isentos e certas atividades estão fora do âmbito do imposto.
O que (ainda) não muda
As regras base do IVA em Portugal seguem princípios comuns na União Europeia e mantêm-se estáveis: é um imposto plurifásico (cobrado em todas as etapas de produção/comercialização) mas em que só o valor acrescentado é tributado em cada etapa. Cada vendedor cobra IVA ao cliente e deduz o IVA das suas despesas de negócio – o Estado recebe apenas a diferença. Essa lógica essencial do “consumo paga imposto” continua igual ao longo dos anos, ainda que detalhes práticos (taxas, prazos, limites) possam mudar em cada Orçamento do Estado.
2. Como funciona na prática
Base de cálculo
O IVA calcula-se aplicando uma taxa (%) ao valor tributável da transação (normalmente, o preço do produto/serviço sem imposto). Por exemplo, se vende um artigo por 100 € antes de imposto, e a taxa aplicável é 23%, o IVA será 23 € e o cliente paga 123 € no total. Esse 23 € é temporariamente do vendedor, mas pertence ao Estado – deve ser depois entregue através da declaração de IVA.
Taxas diferentes
Em Portugal Continental há três taxas IVA: 23% (taxa normal), 13% (taxa intermédia) e 6% (taxa reduzida). Nas Regiões Autónomas aplicam-se taxas mais baixas: na Madeira 22% / 12% / 4%, e nos Açores 16% / 9% / 4% (respetivamente taxa normal, intermédia e reduzida). Fontes: pwc.pt · apcmc.pt.
A maioria dos bens e serviços paga IVA à taxa normal (ex.: eletrónicos, roupa); alguns bens essenciais e serviços específicos beneficiam de taxa intermédia ou reduzida (ex.: restauração a 13% no continente, produtos alimentares básicos a 6%, etc.). Uma lista anexa ao Código do IVA detalha quais os produtos/serviços em cada taxa.
Metáfora prática – “IVA como rasto recuperável”
Imagine que o IVA é uma etiqueta de imposto que vai “viajando” com o produto: cada empresa cola essa etiqueta no preço quando vende, mas também recebe etiquetas nas compras que faz. No fim de um ciclo, as empresas devolvem as etiquetas ao Estado, mas podem tirar (deduzir) as que receberam dos fornecedores. Assim, o IVA “atravessa” a cadeia de valor sem ficar retido nas empresas – apenas o consumidor final, que não revende nada, arca com o imposto.
Apuramento e prazos
Positivo (IVA a pagar): cobrou mais IVA do que aquele que suportou – paga a diferença ao Estado.
Negativo (crédito de IVA): suportou mais IVA em compras – pode pedir reembolso ou transitar para períodos seguintes.
O apuramento é feito na Declaração Periódica (mensal ou trimestral – ver Secção 3). Ex.: cobrou 5 000 € de IVA e suportou 3 000 € → paga 2 000 € ao Estado. Se for o inverso, terá 2 000 € de crédito.
Diferentes regimes e isenções
Isenção por volume de negócios (art. 53 CIVA): até 15 000 €/ano. Fatura com menção “IVA – regime de isenção (art.º 53 CIVA)”, não cobra IVA e não deduz. Fonte: Portal das Finanças.
Isenções por atividade (art. 9 CIVA): saúde, educação, seguros, rendas, serviços financeiros, etc. Fontes: pwc.pt.
Regime dos pequenos retalhistas (art. 60 CIVA): paga 25% do IVA suportado nas compras destinadas a venda (não cobra nas vendas). Fonte: occ.pt.
IVA de caixa: opcional (até 500 000 € faturação). Só entrega o IVA quando recebe do cliente; deduz quando paga ao fornecedor.
3. Obrigações fiscais e prazos
Quando declarar
Mensal: obrigatório se faturou ≥ 650 000 € no ano anterior.
Trimestral: faturação < 650 000 € anuais.
Início de atividade: escolhe com base na previsão. Desde 2025 há maior flexibilidade anual para alterar (fonte: Vida Económica).
Datas-chave
Declaração periódica (DP IVA): até dia 20 do segundo mês seguinte ao período (ex.: janeiro → 20 de março). Exceção: junho/2.º trimestre → até 20 de setembro (fonte: pwc.pt).
Pagamento: até dia 25 do mesmo mês do prazo da DP (ex.: janeiro mensal → 25 de março). Fonte: business.olx.pt.
Comunicação de faturas/SAF-T: até dia 5 do mês seguinte (por vezes estendido por despacho). Obrigatório declarar “inexistência de faturas” se não emitiu.
Entrega e pagamento — como fazer
Submeter a DP no Portal das Finanças (IVA > Declarações Periódicas). Após submissão, gera-se referência para pagamento (homebanking, MB, CTT, Finanças). Há possibilidade de prestações (3 ou 6) para micro/PME sem dívidas — aderir até à data limite de entrega da Declaração Periódica (fonte: business.olx.pt).
Regime normal: cobra IVA e deduz IVA das despesas de atividade.
Checklist essencial: inscrição correta, vigiar limite 15 000 €, faturação certa (menções de isenção), conta separada, despesas com NIF, prazos na agenda, apoio de CC quando crescer.
Exemplo: Projeto de 500 € → regime normal: 500 € + 23% = 615 €. Se no trimestre cobrou 1 000 €+IVA (230 €) e suportou 100 €+IVA (23 €) ⇒ paga 207 €.
4.3 Micro e Pequenas Empresas
Faturação obrigatória: software certificado se > 50 000 €/ano ou contabilidade organizada (fonte: occ.pt).
ATCUD e QR: obrigatório nas faturas (fonte: pwc.pt).
Regimes: pequenos retalhistas (art. 60), IVA de caixa, exportações/intra-UE (isentas com direito a dedução).
Exemplo — pequenos retalhistas: IVA a entregar = 25% do IVA das compras para revenda (fontes: occ.pt).
4.4 Prestadores de serviços / Freelancers
Serviços B2B UE: regra da inversão do sujeito passivo (sem IVA PT; cliente autoliquida). Declarar recapitulativo.
B2C UE: possível OSS (One-Stop Shop) se ultrapassar limites.
Fora da UE: exportação de serviços — isento com direito a dedução.
Despesas: deduções com limites (ex.: combustíveis/viaturas, refeições, alojamento — ver pwc.pt).
Documento fiscal em todas as vendas (fatura/fatura simplificada).
Preços B2C com IVA incluído no site.
Devoluções: emitir nota de crédito e comunicar.
Vendas UE B2C: limite 10 000 € — acima, aplicar IVA do destino via OSS.
Exportações fora UE: isentas; guardar prova de expedição.
Inventário: comunicar inventário anual à AT (controlo cruzado).
Exemplo — loja “TechGadgets”: cobra 23% PT e 21% ES (via OSS); no trimestre entrega DP PT + declaração OSS; devolução de 100 € base → nota de crédito 123 € (reduz IVA liquidado em 23 €).
5. Dicas práticas e erros comuns
Dicas
Organize documentos desde o início.
Peça sempre NIF nas compras do negócio.
Concilie contas e faturas mensalmente.
Use software de faturação atualizado (ATCUD/QR, SAF-T, comunicação automática).
Verifique as taxas corretas por produto/serviço.
Aproveite deduções de investimento.
Mantenha-se atualizado (AT, OCC, OE).
Combine rotinas com o seu contabilista.
Pense no IVA ao definir preços (B2C mostrar IVA incl.).
Guarde documentos pelos prazos legais (até 10 anos em certos casos).
Conferir comunicação de faturas no e-Fatura; colmatar falhas (SAF-T).
Regularizar notas de crédito e assuntos pendentes com clientes/fornecedores.
Atualizar software (ATCUD, QR, comunicação).
Avaliar autoliquidação de IVA na importação (melhorar caixa).
6.2 Plano de 90 dias
Criar fecho mensal do IVA (mesmo se trimestral).
Formar colaboradores sobre taxas, NIF, devoluções.
Garantir acessos/representação no Portal das Finanças.
Auditar apuramentos anteriores (amostra) e corrigir processos.
Atualizar tabela de produtos/serviços e taxas.
Simular cenários (mudança de periodicidade, investimentos, reembolsos).
Documentar políticas internas de faturação/IVA.
6.3 Plano de 180 dias
Agendar auditoria fiscal preventiva (2–3 anos).
Rever contratos e comunicar alterações de taxas/IVA.
Acompanhar “IVA in the Digital Age” e novidades AT.
Otimizar calendário de pagamentos/recebimentos.
Implementar “conta-corrente de IVA” e alertas.
Revisão semestral com contabilista sobre mudanças legais.
Promover cultura de compliance (entregar antes do prazo).
7. Modelos e ferramentas
7.1 Modelo de cronograma fiscal
Mês de referência
Tipo de sujeito passivo
Prazo entrega DP IVA
Prazo pagamento IVA
Janeiro (mensal)
Mensal (≥650k)
20 de Março
25 de Março
1.º Trimestre (Jan–Mar)
Trimestral (<650k)
20 de Maio
25 de Maio
Fevereiro (mensal)
Mensal
20 de Abril
25 de Abril
Março (mensal)
Mensal
20 de Maio
25 de Maio
2.º Trimestre (Abr–Jun)
Trimestral
20 de Setembro
25 de Setembro
Abril (mensal)
Mensal
21 de Junho*
26 de Junho*
Maio (mensal)
Mensal
20 de Julho
25 de Julho
Junho (mensal)
Mensal
20 de Setembro
25 de Setembro
3.º Trimestre (Jul–Set)
Trimestral
20 de Novembro
25 de Novembro
Julho (mensal)
Mensal
22 de Setembro*
27 de Setembro*
Agosto (mensal)
Mensal
20 de Outubro
25 de Outubro
Setembro (mensal)
Mensal
20 de Novembro
25 de Novembro
4.º Trimestre (Out–Dez)
Trimestral
20 de Fevereiro (ano seg.)
25 de Fevereiro (ano seg.)
Outubro (mensal)
Mensal
22 de Dezembro*
27 de Dezembro*
Novembro (mensal)
Mensal
20 de Janeiro (ano seg.)
25 de Janeiro (ano seg.)
Dezembro (mensal)
Mensal
20 de Fevereiro (ano seg.)
25 de Fevereiro (ano seg.)
*Exemplos de ajuste por fim-de-semana/feriado/despacho. Confirme anualmente o Calendário Fiscal AT.
7.2 Checklist para software de faturação
✅ Certificação AT (n.º de certificado visível).
✅ ATCUD e QR Code em todas as faturas.
✅ Comunicação automática de faturas (webservice AT).
✅ Emissão de notas de crédito/débito com referência à fatura original.
✅ Atualizações de taxas/tabelas de IVA.
✅ Backup e/ou solução cloud.
✅ Suporte e formação.
7.3 Tabela de preços com e sem IVA
Preço s/ IVA (€)
Taxa IVA
Valor do IVA (€)
Preço c/ IVA (€)
10,00
23%
2,30
12,30
10,00
13%
1,30
11,30
10,00
6%
0,60
10,60
50,00
23%
11,50
61,50
50,00
6%
3,00
53,00
100,00
23%
23,00
123,00
100,00
6%
6,00
106,00
1 000,00
23%
230,00
1 230,00
1 000,00
13%
130,00
1 130,00
1 000,00
0% (isento)
0,00
1 000,00
Fórmulas: c/ IVA = base × (1+taxa). Base = preço c/ IVA ÷ (1+taxa); IVA = diferença.
7.4 Scripts prontos
E-mail ao contabilista (documentos de IVA)
Assunto: Documentos para IVA – [Mês/Trimestre] de [Ano]
Olá [Nome],
Seguem anexos os documentos relativos ao IVA do [período]: SAF-T de [Mês], extrato bancário, faturas de despesas (zip).
Nota: [situação especial].
Obrigado!
Comunicado a cliente (início de cobrança de IVA)
A partir de [data] as nossas faturas incluirão IVA à taxa legal (atualmente [23%]). Ex.: 100 € → 123 €. Para clientes empresariais, o IVA é dedutível. Estamos disponíveis para esclarecer.
8. Glossário “para leigos”
AT — Autoridade Tributária e Aduaneira.
ATCUD — Código Único de Documento nas faturas.
Autoliquidação — cliente liquida o IVA (reverse charge).
Base tributável — valor sobre o qual incide o IVA.
CIVA — Código do IVA (DL 394-B/84).
Crédito de imposto — IVA dedutível > IVA liquidado.
Declaração Periódica (DP) — declaração mensal/trimestral do IVA.
Transmissão intracomunitária — venda B2B UE isenta na origem.
VIES — validação de VAT UE.
9. FAQ
Sou trabalhador independente. Quando começo a cobrar IVA?
Se estiver isento (art. 53) até 15 000 €/ano, não cobra. Passa a cobrar ao ultrapassar 18.750 € durante o ano ou no inicio do ano seguinte se ultrapassar 15.000 € no fim do ano. Fonte: info.portaldasfinancas.gov.pt.
Posso abdicar da isenção mesmo faturando pouco?
Sim. Opte até 31/01. Depois mantém-se no regime normal pelo menos um ano.
Quais são as taxas atuais?
Continente 23/13/6; Açores 16/9/4; Madeira 22/12/4. Fontes: pwc.pt · apcmc.pt.
Que bens têm taxa reduzida/intermédia?
Listas I e II do CIVA (alimentos básicos, livros, restauração, etc.).
Pequeno café precisa de software certificado?
Se > 50 000 €/ano ou contabilidade organizada, sim. Fonte: occ.pt.
Compras online em sites estrangeiros (consumidor)?
Via OSS, o site cobra IVA PT até 150 €; valores maiores podem ter procedimentos alfandegários.
Venda ocasional no OLX tem IVA?
Venda do património pessoal não tem IVA (fora do âmbito).
Mostrar preços com ou sem IVA no e-commerce?
B2C: sempre com IVA incluído.
Exportação sem IVA precisa de prova?
Sim: prova de expedição e pagamento exterior.
Posso deduzir IVA da gasolina?
Gasolina (turismo) 0%; gasóleo 50% (turismo); comerciais seguem regras próprias. Ver pwc.pt.
Entregar sem pagar ou não entregar?
Entregue sempre a DP. Falta de entrega tem coima mínima 150 € (fonte: diariodarepublica.pt).
Como pedir reembolso?
Assinale na DP; AT reembolsa (podem existir validações/compensações).
Prescrição do IVA?
Regra geral: 4 anos (com interrupções/suspensões em processos).
Preciso de Contabilista Certificado?
Empresas com contabilidade organizada: sim. ENI/micro podem gerir mas é recomendável apoio.
Errei a taxa na fatura. E agora?
Retifique com nota de crédito (a mais) ou nota de débito (a menos) e regularize na DP.
AT cruza faturas?
Sim, e-Fatura cruza emitidas x recebidas.
Venda de imóvel tem IVA?
Depende do tipo/primeira transmissão/renúncia à isenção — peça análise a CC.
Inversão do sujeito passivo na construção?
Cliente autoliquida; fornecedor emite sem IVA com menção legal.
Onde obter ajuda oficial?
Portal das Finanças (FAQs, Informação Vinculativa), OCC, linha AT.
Se houver “IVA Zero” de novo?
Atualize software/tabelas, comunique a clientes e ajuste preços/etiquetas.
10. Referências e links úteis (APA 7.ª)
Fonte primária — Autoridade Tributária e Aduaneira. (2025). Código do IVA (art. 53.º) – Regime de isenção. Recuperado de info.portaldasfinancas.gov.pt.
Fonte primária — Autoridade Tributária e Aduaneira. (2024). Ofício Circulado n.º 25045/2024 (DSIVA). Recuperado de apcmc.pt.
Fonte primária — Diário da República Eletrónico. (2023). Art. 116.º RGIT – Falta ou atraso de declarações. Recuperado de diariodarepublica.pt.
Vida Económica / Boletim Contribuinte. (2025). Mudanças no IVA em vigor em julho. Recuperado de grupovidaeconomica.pt.
Ordem dos Contabilistas Certificados. (2021). Parecer Técnico – IVA dos pequenos retalhistas. Recuperado de occ.pt.
OLX Business. (2022). Pagamento do IVA: prazos, prestações e multas. Recuperado de business.olx.pt.
Fonte primária — Autoridade Tributária e Aduaneira. (2025). Calendário Fiscal 2025. Recuperado de info.portaldasfinancas.gov.pt.
Cegid Vendus. (2023). Isenção do IVA: Artigo 9.º ou 53.º? Recuperado de vendus.pt.
Assembleia da República. (2023). Lei n.º 17/2023 — IVA 0% cabaz alimentar. Recuperado de dre.pt.
Acesso em: 26/08/2025.
11. O que ainda pode mudar
Possível mudança
Status (ago/2025)
Onde acompanhar
Faturação eletrónica obrigatória (B2B e B2C)
Em estudo UE (“IVA in the Digital Age”)
Portal das Finanças; Comissão Europeia
Reporte em tempo real (RTV) de faturas
Pilotos; sem data final
Notícias AT; Despachos SEAF
Alterações de taxas (ex.: IVA 0% permanentes)
Em debate; OE 2026
AR; OE; AT
Limite da isenção (art. 53) pós-2025
Pode atualizar pela inflação
OE anual; AT
IVA da economia digital (OSS alargado)
Discussão UE 2025–2026
CE; AT
12. Aviso importante
Este guia é informativo e prático. Apesar do cuidado na atualização (última atualização: 26/08/2025), a lei muda e a aplicação depende do caso concreto. Não constitui aconselhamento fiscal. Para decisões críticas, consulte um Contabilista Certificado ou peça informação vinculativa à AT.
Resumo Executivo (10 pontos-chave)
IVA é imposto sobre consumo; empresas cobram e entregam ao Estado.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
NANDA DNS: o novo sistema para Agentes de Inteligência Artificial.
A arquitetura NANDA DNS Inteligência Artificial surge como novo alicerce da Internet de Agentes, permitindo descoberta, validação e comunicação entre agentes digitais de forma segura e privada.
Resumo (TL;DR): A NANDA DNS é um sistema inspirado no DNS, mas concebido para agentes inteligentes: garante escalabilidade, validação de identidade, segurança dinâmica e preservação de privacidade.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
LLMs na Fiscalidade: Fine-tuning vs RAG – Lições de um Estudo Recente
TL;DR
Um estudo académico recente analisou como LLMs podem apoiar consultores na fiscalidade do IVA europeu. Comparou fine-tuning e RAG, concluindo que este último oferece mais precisão e atualização prática. No entanto, a qualidade da base de conhecimento é crucial para bons resultados.
O estudo académico
Um artigo publicado no arXiv em 2024 (fonte) com o título “Using Large Language Models for Legal Decision-Making in Austrian Value-Added Tax Law: An Experimental Study” analisou como os grandes modelos de linguagem (LLMs) podem apoiar a tomada de decisão no domínio do IVA austríaco e europeu.
A investigação comparou duas abordagens:
Fine-tuning: ajuste fino de modelos com dados específicos.
RAG (retrieval-augmented generation): recuperação de informação contextualizada antes de gerar a resposta.
O que mostrou o estudo
Os investigadores testaram os modelos em casos de manual e em casos reais fornecidos por uma consultoria fiscal. Concluíram que:
LLMs podem apoiar consultores na fiscalidade em análises iniciais e tarefas repetitivas.
Automatização completa ainda não é viável, pois a fiscalidade é sensível e exige validação humana.
Desempenho melhora com informação estruturada e contexto relevante, em vez de descrições superficiais.
Fine-tuning vs RAG: experiência prática
Na minha experiência em contextos jurídicos e técnicos:
Fine-tuning
É eficaz, mas complexo e demorado de preparar.
Torna-se rapidamente desatualizado sempre que há alterações legislativas.
RAG
Funciona bem para a maioria dos cenários.
Oferece precisão elevada.
É mais fácil de atualizar, bastando rever a base de conhecimento em vez de re-treinar o modelo.
O verdadeiro desafio: a base de conhecimento
O maior obstáculo do RAG não é a técnica, mas sim a qualidade da base de conhecimento.
Problemas comuns incluem:
Inserir PDFs inteiros sem tratamento.
Textos longos, redundantes e densos.
Para garantir rigor, é necessário:
Segmentação inteligente dos textos.
Estruturação de normas, artigos e exceções.
Enriquecimento com metadados relevantes.
Conclusão
O estudo confirma: LLMs são poderosos aliados na fiscalidade, mas não substituem o especialista humano.
Na prática, o RAG é mais eficiente que o fine-tuning, oferecendo precisão e agilidade de atualização. Contudo, o sucesso depende diretamente da qualidade da base de conhecimento.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
ChatGPT 5 e RAG: Diferenças críticas entre High, Medium e Mini no AA-LCR
TL;DR
O benchmark AA-LCR mostra que a performance do ChatGPT 5 varia drasticamente: High (76%), Medium (73%) e Mini (25%). Em sistemas RAG, esta diferença significa decisões corretas ou erros graves especialmente em áreas como contabilidade, legislativa, financeiras e médicas. A escolha da variante certa não é detalhe técnico: é estratégia de negócio.
O que está em jogo na escolha da variante
Nos últimos anos, o Retrieval-Augmented Generation (RAG) tornou-se essencial para empresas e profissionais que dependem de informação precisa e contextualizada. Este método combina recuperação de informação (procura em bases de conhecimento) com geração de respostas (IA), permitindo análises rápidas de grandes volumes de dados.
O problema? Nem todas as versões do mesmo modelo têm a mesma capacidade de perceber e raciocinar sobre contextos longos. O ChatGPT 5 é exemplo disso:
High: excelente para contextos complexos e críticos.
Medium: muito próximo do High, mas com pequenas perdas em casos mais exigentes.
Mini: projetado para custos menores e tarefas simples, mas insuficiente para contexto longo.
AA-LCR: o teste que mede raciocínio em contexto longo
O Artificial Analysis Long Context Reasoning Benchmark (AA-LCR)</strong avalia um dos maiores desafios dos LLMs: manter coerência e precisão com ~100 mil tokens de informação (o equivalente a 200-300 páginas de texto).
O teste simula cenários reais:
Interligar dados do início e do fim de um documento.
Integrar informações espalhadas por múltiplos arquivos.
Evitar contradições e respostas baseadas em pedaços isolados.
Por que este benchmark é relevante para RAG
Em RAG, o modelo recebe blocos de informação recuperados e precisa unificar o raciocínio sobre todos eles. Se falha, o resultado é uma resposta incompleta, imprecisa ou incoerente.
Desempenho comparado: High, Medium e Mini
No AA-LCR, as três variantes do ChatGPT 5 tiveram resultados muito diferentes:
Variante
Acertos (AA-LCR)
Nível de Fiabilidade
ChatGPT 5 High
76%
Excelente para aplicações críticas
ChatGPT 5 Medium
73%
Bom equilíbrio custo/desempenho
ChatGPT 5 Mini
25%
Arriscado em contexto longo
Análise dos números:
A diferença de 3 pontos entre High e Medium parece pequena, mas em alto volume significa milhares de respostas mais precisas.
O Mini tem 51 pontos percentuais a menos que o High, na prática, significa que em 3 de cada 4 respostas falha em identificar a informação correta no contexto longo.
Porque contexto longo é essencial para RAG
Um pipeline de RAG segue normalmente três passos:
Recuperar fragmentos relevantes de documentos.
Juntá-los num único contexto.
Gerar uma resposta com base nesse contexto completo.
Se o modelo não mantém coerência entre todos os fragmentos:
Ignora partes importantes.
Faz cherry-picking (escolhe só o que confirma a hipótese).
Cria contradições.
Aumenta a probabilidade de alucinações.
O High lida melhor com integração de dados dispersos e mantem o raciocínio de ponta a ponta. O Mini, por outro lado, perde facilmente o “fio à meada” e gera respostas baseadas em partes isoladas.
Risco oculto para utilizadores do ChatGPT 5 gratuito
Um ponto pouco discutido é que quem utiliza o ChatGPT 5 gratuito nem sempre está a usar a variante High, mesmo que o interface não mostre essa diferença. Por questões de gestão de carga e redução de custos, o sistema pode automaticamente alternar para Medium ou Mini quando o servidor está sobrecarregado.
O que isto significa:
O utilizador não recebe qualquer aviso sobre a troca.
A qualidade da resposta pode cair significativamente.
Em contextos longos, aumenta o risco de omissões e incoerências.
Exemplo real: Um consultor financeiro pede ao ChatGPT para analisar 200 páginas de demonstrações financeiras. Se a query for processada pelo Mini em vez do High, é provável que detalhes cruciais sejam ignorados levando a uma conclusão errada.
Como reduzir este risco:
Em tarefas críticas, usar sempre a versão paga, que garante prioridade no acesso ao High.
Validar respostas com outra fonte ou modelo quando se usa a versão gratuita.
Para empresas, configurar sistemas RAG que controlem explicitamente a variante utilizada.
Caso crítico: RAG legislativo
A análise de legislação é um dos casos mais sensíveis a falhas de contexto.
Desafios típicos:
Leis longas com exceções espalhadas por diferentes secções.
Leis e jurisprudências que se cruzam.
Cláusulas que mudam o sentido de regras gerais.
Exemplo: Uma legislação diz na página 15 que a rescisão é possível a qualquer momento, mas na página 87 restringe essa possibilidade a casos de incumprimento grave.
High: encontra e cruza as duas informações, dando resposta correta.
Medium: acerta na maioria, mas pode falhar em casos mais ambíguos.
Mini: responde que a rescisão é sempre possível, ignorando a restrição.
Resultado: este tipo de erro pode resultar em perdas financeiras e riscos legais sérios.
Estratégias para maximizar o valor do RAG
Escolha consciente da variante Use High em casos críticos, Medium para balancear custo/desempenho e Mini apenas em tarefas simples.
Roteamento inteligente Configure o sistema para enviar perguntas sensíveis sempre para o High.
Segmentação (chunking) otimizada Preserve a lógica interna de documentos, evitando quebrar frases ou contextos importantes.
Validação cruzada Compare respostas de High e Medium antes de decisões críticas.
Avaliação e auditoria Registe métricas de acerto e identifique quedas de performance.
O que vem a seguir para RAG
O futuro aponta para:
Janelas de contexto 1M+ tokens.
Modelos especializados por domínio (jurídico, médico, técnico).
Integração multimodal (texto + imagem + áudio).
Roteamento adaptativo baseado em complexidade e risco.
Conclusão
O desempenho no AA-LCR mostra que não basta dizer “uso ChatGPT 5”, é preciso saber qual variante está ativa. A diferença entre High e Mini pode determinar o sucesso ou fracasso de um sistema RAG.
Em números:
High: 76% de acertos — confiança para decisões críticas.
Medium: 73% — equilíbrio entre custo e qualidade.
Mini: 25% — inviável para contexto longo.
Principais lições
Audite as variantes usadas no seu RAG.
PriorizeHigh para casos críticos.
Implemente roteamento inteligente.
Otimize o chunking.
Avalie a performance constantemente.
FAQ
1. O que é o AA-LCR? Um benchmark que mede raciocínio em contexto longo (~100 mil tokens), avaliando coerência e precisão.
2. Por que a variante do ChatGPT 5 importa em RAG? Porque cada variante tem capacidades diferentes de processar e integrar informação dispersa.
3. Posso usar o ChatGPT 5 Mini em RAG? Sim, mas apenas para tarefas simples. Para contextos longos e críticos, não é recomendado.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
GPT-5: Novidades, Funcionalidades e Comparativos do Novo Modelo da OpenAI
1. Introdução
Em 7 de agosto de 2025, a OpenAI lançou oficialmente o GPT-5, o seu modelo de inteligência artificial mais avançado até hoje. Disponível no ChatGPT e via API, o GPT-5 combina velocidade, raciocínio profundo e personalização, marcando um passo importante rumo à Inteligência Artificial Geral (AGI).
2. O que é o GPT-5
O GPT-5 é um modelo multimodal (texto, imagem, voz) com:
Alternância automática entre modo rápido e modo “thinking” para tarefas complexas.
Contexto de 400 000 tokens para conversas e documentos longos.
Disponibilidade em três versões: gpt-5, gpt-5-mini e gpt-5-nano.
3. Principais Inovações
Roteamento inteligente entre respostas rápidas e raciocínio profundo.
Ferramentas integradas: pesquisa, análise de ficheiros, imagens e dados.
6. GPT-5 para Programadores
Criação de apps completas com UI e lógica funcional.
Depuração automática e sugestões otimizadas.
API com controlos verbosity, reasoning_effort e custom tools.
7. Casos Reais de Aplicação
Amgen: análise científica e dados clínicos.
BBVA: relatórios financeiros rápidos.
Oscar Health: apoio clínico avançado.
8. Segurança e Uso Responsável
O sistema safe completions oferece respostas seguras, úteis e contextualizadas, evitando recusas genéricas.
9. Preços e Acessibilidade
Gratuito no ChatGPT (limites diários).
API a partir de US$ 1,25/milhão de tokens (versões mini e nano mais baratas).
10. Impacto e Futuro
O GPT-5 democratiza acesso a raciocínio avançado, integrando IA em trabalho, educação e saúde.
11. Conclusão
O GPT-5 marca uma nova fase na IA: mais rápido, mais inteligente, mais seguro. O próximo passo? Integrar-se ainda mais no dia a dia de milhões de utilizadores.
12. Principais Lições
Acelera tarefas complexas com raciocínio estruturado.
Reduz erros factuais com respostas mais seguras.
Personaliza interações segundo o perfil do utilizador.
Expande aplicações práticas em diversos setores.
Democratiza o acesso a tecnologia de ponta.
13. FAQ
1. O GPT-5 está disponível gratuitamente?
Sim, no ChatGPT, mas com limites diários.
2. Qual a diferença para o GPT-4o?
O GPT-5 combina rapidez e raciocínio profundo com melhor desempenho em benchmarks.
3. Posso usar o GPT-5 para programar?
Sim, é o modelo mais avançado da OpenAI para programação, com capacidade de criar e otimizar código.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
A Pirâmide de Valor da Inteligência Artificial: Quem Realmente Ganha Dinheiro com a IA?
TL;DR: Descobre os diferentes níveis da Pirâmide de Valor da IA e percebe quem realmente lucra com a Inteligência Artificial. Desde utilizadores casuais até engenheiros de Machine Learning, cada papel tem um impacto distinto no ecossistema da IA.
O que é a Pirâmide de Valor da IA?
A Pirâmide de Valor da Inteligência Artificial representa uma hierarquia de perfis profissionais envolvidos no ecossistema da IA, ordenados conforme o valor económico gerado, o nível de especialização técnica e o potencial de ganhos financeiros.
Maior especialização = mais ganhos financeiros..
Posições no topo são mais escassas e valorizadas.
Níveis da Pirâmide de Valor da IA
1. Engenheiros de ML/IA (Core)
Desenvolvem modelos de IA do zero. Altamente especializados, são escassos e muito valorizados.
2. Investigadores de IA
Criam novas arquiteturas e abordagens. São o motor da inovação no setor.
3. Desenvolvedores de Aplicações de IA
Transformam tecnologia em produto com APIs e modelos pré-treinados.
4. Designers de Soluções de IA
Aplicam IA a contextos de negócio sem necessidade de programação avançada.
5. Automatizadores de Fluxos de Trabalho
Ligam ferramentas como Zapier e Make para criar processos automáticos.
6. Engenheiros de Prompts
Especialistas em criar prompts eficazes para modelos de linguagem como o ChatGPT.
7. Utilizadores Casuais / Seguidores de Tendências
Usam IA para fins pessoais ou virais. Representam grande volume, mas pouco valor económico.
Oportunidades e Desafios em Cada Nível
Barreiras de entrada variáveis
Diferentes retornos económicos
Especialização como fator diferenciador
Como Subir na Pirâmide da IA?
Aprende os fundamentos de IA e ML
Domina ferramentas de no-code, automação, APIs
Faz projetos práticos e aplicados
Participa em comunidades e hackathons
Desenvolve visão de negócio e pensamento estratégico
Conclusão
A Pirâmide de Valor da IA é um roteiro claro para evoluir na carreira tecnológica. Saber onde estás e como evoluir é chave para gerar mais impacto e receita.
Se gostas de IA, recomendo este artigo para aprofundamento da engenharia de contexto:Ler o artigo completo
Principais Lições
Avalia o teu nível na pirâmide e o teu potencial económico.
Investe em ferramentas e competências com maior retorno.
Cria projetos práticos com IA aplicada.
Foca-te em conhecimento técnico e visão estratégica.
Participa em comunidades e ganha visibilidade.
FAQ sobre a Pirâmide de Valor da IA
O que significa estar na base da pirâmide de IA?
Estar na base significa usar IA de forma casual, sem gerar valor económico relevante.
Como posso tornar-me engenheiro de IA ou investigador?
É preciso estudar matemática, estatística, programação e ciência de dados. Existem cursos e certificações reconhecidas.
O que são engenheiros de prompt?
Profissionais que escrevem prompts eficazes para modelos como o ChatGPT, otimizando os resultados para as empresas.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
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Engenharia de Contexto: A Nova Fronteira na Otimização de Modelos de Linguagem
TL;DR: Descobre como a Engenharia de Contexto transforma modelos de linguagem (LLMs) em ferramentas eficazes para negócios, educação e atendimento. Aprende a estruturar informação, evitar erros comuns e aplicar boas práticas para obter respostas mais inteligentes.
1. Introdução
Os modelos de linguagem de grande escala (LLMs), como o GPT, estão a transformar a forma como empresas e instituições interagem com informação. Porém, a eficácia destas ferramentas depende diretamente da qualidade do contexto fornecido.
A Engenharia de Contexto é a evolução natural da engenharia de prompts. Em vez de um simples comando, trata-se de estruturar dados de forma estratégica, aumentando a precisão, coerência e utilidade das respostas.
2. O que é Engenharia de Contexto?
Engenharia de Contexto é o processo de fornecer aos LLMs dados relevantes, organizados e personalizados, que vão além do prompt inicial. Inclui:
Histórico de conversa
Preferências do utilizador
Documentos externos (via RAG)
Formatos de output definidos
Ferramentas disponíveis para o modelo
Com esta abordagem, os LLMs operam com maior memória contextual, personalização e eficácia.
3. Componentes Principais da Engenharia de Contexto
a) Histórico de Conversa
Mantém coerência e continuidade em interações prolongadas. Deve ser resumido e filtrado para evitar redundância.
b) Preferências do Utilizador
Personaliza o output com base em tom, estilo, idioma e formato preferido.
c) Dados Externos (RAG)
Através da Recuperação Aumentada por Geração, integra dados relevantes de documentos, bases jurídicas, FAQs, etc.
d) Esquemas de Output
Define formatos como listas, JSON ou tabelas, melhorando a clareza e reutilização dos resultados.
e) Ferramentas Disponíveis
Especifica as funcionalidades externas (APIs, plugins) que o modelo pode aceder.
4. Problemas Comuns / Boas Práticas
Problema
Solução Recomendada
Contaminação
Validar e filtrar o contexto usado
Distração
Resumir e priorizar informação essencial
Contradição
Eliminar duplicados e clarificar prioridades
Sobrecarga
Usar RAG, embeddings e limites de contexto
5. Casos de Uso Reais
Empresas: Assistentes internos com memória de interações e acesso documental.
Jurídico: Geração de pareceres com base em legislação e jurisprudência atualizadas.
Educação: Apoio adaptativo ao progresso de cada aluno.
Atendimento: Chatbots integrados com documentação e memória contínua.
6. Ferramentas e Tecnologias
LangChain e LlamaIndex: Integração de LLMs com bases externas.
FAISS e Pinecone: Indexação vetorial para recuperação semântica (RAG).
Semantic Kernel: Gestão de memória e fluxo contextual.
GPTCache: Reutilização de respostas para otimização de custo e desempenho.
7. Considerações Finais
A Engenharia de Contexto é essencial para tirar partido do verdadeiro potencial dos LLMs. Com uma gestão estratégica do contexto, é possível criar soluções de IA mais precisas, úteis e dirigidas ao utilizador.
8. Chamada para a Ação
Queres implementar Engenharia de Contexto no teu projeto de IA? Contacta-me para descobrir como estruturar dados e otimizar os teus modelos de linguagem.
Principais Lições
Seleciona e organiza o contexto com precisão.
Evita redundância e excesso de informação.
Usa ferramentas como LangChain, LlamaIndex e RAG.
Define formatos de output consistentes.
Mantém uma memória segmentada e eficiente.
FAQ
O que é Engenharia de Contexto?
É a prática de estruturar e enriquecer o contexto fornecido a um modelo de linguagem, que garante maior precisão e relevância nas respostas.
Qual a diferença entre prompt engineering e context engineering?
Prompt engineering trata do comando inicial. Já context engineering envolve também histórico, dados externos, preferências do utilizador e formato de resposta.
Quais as ferramentas recomendadas para gestão de contexto?
LangChain, LlamaIndex, FAISS, Pinecone, Semantic Kernel e GPTCache são as soluções mais eficazes para orquestrar LLMs com dados externos.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Proteção de Dados na IA Generativa: Guia com 4 Níveis para Privacidade
TL;DR: A IA generativa redefine o que significa proteger dados. Este artigo apresenta uma nova abordagem com quatro níveis de proteção, da não-usabilidade ao direito ao esquecimento, que cobre todas as etapas do ciclo de vida da IA. Essencial para quem desenvolve, regula ou utiliza IA em ambientes sensíveis.
1. Introdução: Por que a IA muda tudo
A ascensão da inteligência artificial generativa, como os modelos GPT, Midjourney ou Med-PaLM, trouxe enormes avanços… e novos riscos. Estes sistemas não apenas consomem dados , eles aprendem com eles, geram novos conteúdos e perpetuam padrões sensíveis.
Isso torna as abordagens tradicionais de proteção de dados digitais, como encriptação e anonimização, insuficientes e desatualizadas.
Segundo um artigo recente publicado na arXiv (Li et al., 2025), é preciso repensar profundamente o conceito de proteção de dados na IA.
2. O ciclo de vida da IA e os dados sensíveis
Os dados estão presentes em todas as etapas da IA:
Dados de treino (datasets com milhões de exemplos),
Modelos treinados (parâmetros com valor comercial),
Prompts e inputs de utilizador (muitas vezes privados ou confidenciais),
Conteúdos gerados por IA (imagens, textos, código, etc.).
Cada um destes elementos pode conter informação pessoal, propriedade intelectual ou segredos comerciais, tornando urgente a sua proteção.
3. A nova taxonomia da proteção de dados na IA
Os investigadores propõem uma hierarquia de 4 níveis de proteção de dados. Estes níveis oferecem um equilíbrio entre utilidade dos dados e controlo legal e ético:
Nível 1: Não-usabilidade
Impede qualquer uso dos dados em modelos de IA. Ideal para dados sensíveis ou com direitos de autor.
Nível 2: Preservação da Privacidade
Permite usar dados desde que atributos privados estejam protegidos com técnicas como privacidade diferencial ou aprendizagem federada.
Nível 3: Rastreabilidade
Permite uso total dos dados, mas com mecanismos de identificação da origem (ex: marcas d’água, fingerprints, logging).
Nível 4: Deletabilidade
Garante que dados possam ser removidos retroativamente dos modelos, respeitando o “direito ao esquecimento”.
4. Aplicações práticas e regulamentações
Várias legislações, como o GDPR (UE), o AI Act e a CCPA (EUA), cobrem parcialmente estas exigências. No entanto, a maioria das leis ainda não protege:
Conteúdo gerado por IA (AIGC),
Dados não pessoais mas sensíveis (ex: dados sintéticos, prompts internos),
O modelo em si como ativo protegido.
Os países com maior cobertura regulatória incluem a UE, China e Califórnia (EUA).
Fonte: Li et al., Rethinking Data Protection in the (Generative) Artificial Intelligence Era, 2025. Ler o artigo original
5. Desafios emergentes na proteção de dados
Direitos de autor sobre AIGC: Muitos países ainda não reconhecem direitos de autor sem envolvimento humano.
Diferença entre proteção e segurança de dados: Proteger a origem vs. evitar que conteúdos perigosos sejam gerados.
Fragmentação legal global: O ciclo de vida de IA cruza múltiplas legislações com regras diferentes.
Falta de padronização técnica: Poucas soluções são interoperáveis ou adaptáveis a diferentes contextos legais.
6. Principais Lições
Classifica os dados usados por modelos de IA com base na sua sensibilidade e função.
Adota medidas de rastreabilidade desde a origem até à inferência.
Garante a possibilidade de apagar dados, mesmo após o treino.
Ajusta a proteção ao uso pretendido, equilibrando utilidade e segurança.
Avalia as leis locais e internacionais, pois são heterogéneas e estão em rápida evolução.
7. FAQ
Quais são os maiores riscos de proteção de dados em IA generativa?
Fugas de dados sensíveis nos prompts, reutilização de dados protegidos sem consentimento, e ausência de mecanismos de eliminação pós-treino.
O conteúdo gerado por IA pode ser protegido legalmente?
Ainda não existe consenso. Em muitos países, os direitos de autor sem intervenção humana direta não são reconhecidos legalmente.
Como posso aplicar esta taxonomia na minha empresa?
Mapeia os dados utilizados no ciclo da IA, aplica técnicas adequadas a cada nível (ex: anonimização, watermarking) e assegura conformidade com as leis locais.
https://arxiv.org/abs/2507.03034 Artigo de Yiming Li et al. sobre a necessidade de novos modelos de proteção de dados na era da IA generativa.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Overtraining em llms (Modelos de Linguagem): Quando Demasiado Treino se Torna um Problema
TL;DR: Overtraining em llms. Treinar modelos de linguagem com demasiados dados pode prejudicar o seu desempenho na afinação com tarefas específicas. Um novo estudo revela que mais nem sempre é melhor: após um certo ponto, o excesso de pré-treino reduz a capacidade de adaptação dos LLMs.
Meta description: Estudo revela que pré-treino excessivo em LLMs reduz o desempenho no fine-tuning. Descobre como evitar o overtraining.
Meta title: Overtraining em LLMs: Porque Treinar Demais Prejudica o Fine-Tuning.
Overtraining em llms – Introdução
Modelos de linguagem de grande escala (LLMs) como o ChatGPT estão no centro da inovação em inteligência artificial. Mas um estudo recente mostra que há um limite crítico: treinar demasiado pode prejudicar a performance após a afinação para tarefas específicas.
O Estudo
O artigo “Overtrained Language Models Are Harder to Fine-Tune” (Springer et al., 2025) investigou o impacto do pré-treino excessivo em modelos como o OLMo-1B. A análise comparou modelos com 1T, 2T e 3T tokens de pré-treino.
Metodologia
Pré-treino: os modelos são expostos a dados massivos para aprender padrões linguísticos gerais.
Pós-treino (instruction tuning): os modelos são afinados para seguir instruções humanas em tarefas específicas.
Resultados
Modelos com até 2 triliões de tokens mostraram melhorias consistentes.
A partir de 3T, o desempenho decresce após o fine-tuning.
O fenómeno identificado chama-se Catastrophic Overtraining: excesso de treino reduz a flexibilidade do modelo.
Riscos Práticos para Empresas e Equipas Técnicas
Para equipas de desenvolvimento e empresas que trabalham com modelos de linguagem, o overtraining não é apenas um problema técnico é também um risco estratégico.
Ao treinar além do ponto ideal, é possível investir semanas de computação e milhares de euros em infraestrutura, apenas para obter um modelo menos eficaz.
Além disso, modelos demasiado treinados podem mostrar-se resistentes a adaptações específicas exigidas por diferentes domínios, como saúde, jurídico ou financeiro.
Isto dificulta a personalização e pode comprometer entregas comerciais. A falta de adaptabilidade reduz também a longevidade do modelo, obrigando a retrabalho.
Por fim, existe o risco de enviesamento excessivo: quanto mais tempo o modelo é exposto aos mesmos padrões, maior a probabilidade de consolidar visões enviesadas dos dados.
Gerir bem o volume e a duração do pré-treino não é apenas uma questão técnica, mas uma decisão crítica para garantir a escalabilidade e o retorno do investimento.
Implicações para o Desenvolvimento de IA
Mais treino não garante melhores resultados.
O custo computacional pode ser desperdiçado se ultrapassado o ponto ótimo.
Técnicas de mitigação como adapter layers ou congelação de camadas devem ser exploradas.
Evita treinar modelos além do ponto ótimo de desempenho.
Monitoriza a perda de plasticidade durante o pré-treino.
Usa técnicas como LoRA para preservar a capacidade de afinação.
Dá prioridade à eficiência em vez de volume de dados.
Adapta o treino ao objetivo final do modelo.
FAQ
O que é overtraining em modelos de linguagem?
É quando um modelo é treinado em excesso, reduzindo sua capacidade de adaptação durante o fine-tuning.
Qual é o impacto de treinar com mais de 3 triliões de tokens?
Pode levar à queda de desempenho após a afinação, devido à rigidez nos parâmetros do modelo.
Como evitar o catastrophic overtraining?
Através de técnicas de regulação como LoRA, adaptação em baixa dimensionalidade e congelação de camadas.
Todos os modelos são igualmente vulneráveis ao overtraining?
Não. Modelos maiores, com mais parâmetros, tendem a resistir melhor por mais tempo, mas mesmo esses podem eventualmente sofrer perdas se forem sobrecarregados com dados. A arquitetura e o método de pré-treino também influenciam a vulnerabilidade.
Qual é o papel do fine-tuning neste contexto?
O fine-tuning é essencial para adaptar um modelo a tarefas específicas. Quando o modelo está sobrecarregado pelo pré-treino, torna-se menos receptivo a este processo, o que pode comprometer os resultados finais.
Há métricas para identificar o ponto ideal de treino?
Sim. Métricas como perda de validação, capacidade de generalização e estabilidade dos gradientes ajudam a monitorizar o ponto ótimo. Contudo, encontrar o equilíbrio ideal ainda exige uma experimentação cuidadosa.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Conectores MCP no ChatGPT: Como Empresas as Podem Integrar Dados com Segurança e Eficiência
TL;DR: Os conectores MCP (Model Context Protocol) do ChatGPT oferecem às empresas uma forma segura e escalável de integrar dados internos, como Google Calendar ou Outlook, diretamente no assistente de IA. Embora ainda não disponíveis no plano Plus, estas funcionalidades já podem ser utilizados pelos utilizadores empresariais através dos planos Team, Enterprise e Edu.
1. O que são os Conectores MCP?
Os conectores MCP (Model Context Protocol) do ChatGPT são integrações criadas pela OpenAI para permitir que o ChatGPT aceda a fontes de dados externas de forma segura, contextual e em tempo real.
2. Benefícios para Empresas
Centralização da informação
Maior eficiência
Segurança de dados
Redução de erros
3. Casos de Uso Práticos
Equipa de vendas
RH (Recursos Humanos)
Gestores
4. Planos Compatíveis e Disponibilidade
Atualmente, os conectores MCP estão disponíveis apenas para os planos ChatGPT Team, Enterprise, Pro e Edu.
5. Limitações e Considerações
Disponibilidade geográfica
Configuração técnica
Necessidade de subscrição adequada
6. Como Começar a Usar
Adquirir um plano compatível
Aceder ao painel de administração do ChatGPT
Ativar os conectores desejados
Conceder permissões de acesso
Utilizar comandos no ChatGPT
7. Principais Lições
Implemente rapidamente conectores para aumentar a produtividade
Garanta a conformidade com regulações locais
Aproveite o contexto para respostas mais precisas
Invista em planos adequados
Utilize com segurança
8. FAQ
O que é um conector MCP no ChatGPT?
É uma integração que permite ao ChatGPT aceder e utilizar dados externos (ex: Google Calendar).
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
O Futuro da Contabilidade em Portugal: Como a Inteligência Artificial Está a Redefinir a Profissão
TL;DR: A inteligência artificial (IA) está a transformar a contabilidade em Portugal, automatizando tarefas operacionais e elevando o papel do contabilista a uma função estratégica. Profissionais que adotarem competências digitais e humanas estarão na linha da frente da inovação.
1. A Revolução da IA na Contabilidade
A contabilidade e inteligência artificial caminham juntas para transformar radicalmente a profissão. Tarefas como lançamentos, reconciliações ou submissões fiscais estão a ser automatizadas, libertando os profissionais para funções analíticas e estratégicas. Esta automatização melhora a precisão, reduz erros e agiliza os processos financeiros.
2. De Técnico a Estratégico: O Novo Papel do Contabilista
A IA permite ao contabilista assumir funções de maior responsabilidade, como interpretação de dados, aconselhamento à gestão e supervisão de conformidade. Deixa de ser apenas um executor de tarefas técnicas para se tornar um parceiro fundamental no crescimento sustentável das empresas.
3. Análise de Dados e Tomada de Decisão em Tempo Real
Sistemas baseados em IA fornecem dados em tempo real e previsões inteligentes, o que potencia a tomada de decisões fundamentadas. Esta capacidade analítica contribui para o planeamento fiscal, a eficiência orçamental e a competitividade organizacional.
4. Conformidade e Segurança Digital
A conformidade legal é reforçada com ferramentas que analisam transações, identificam padrões de fraude e asseguram o cumprimento de obrigações fiscais. A IA atua como um escudo digital, aumentando a segurança e a fiabilidade.
5. Competências Essenciais para o Contabilista do Futuro
Digitais: Domínio de ferramentas analíticas, automação e compreensão da IA.
Gestão de conhecimento: Organização e validação de dados para sistemas inteligentes.
Estão também a surgir novas funções, como a de gestor de conhecimento e especialista em agentes de IA, com responsabilidade na criação e supervisão de sistemas inteligentes adaptados ao contexto fiscal e contabilístico. Podes saber mais sobre esta tendência neste
artigo sobre agentes de inteligência artificial na contabilidade.
6. Formação Contínua como Pilar da Transformação
Os programas de formação devem integrar conteúdos tecnológicos e promover a aprendizagem contínua. A requalificação torna-se essencial para manter a relevância e competitividade profissional.
7. Superar os Desafios da Transformação Digital
Entre os obstáculos estão a resistência à mudança, lacunas na formação em IA e assimetrias tecnológicas entre empresas. Uma estratégia nacional focada na qualificação e regulamentação pode acelerar a adoção tecnológica no setor.
8. Recomendações Estratégicas
Promover literacia digital e ética entre os contabilistas.
Incentivar a colaboração entre reguladores, ensino e setor privado.
Desenvolver sistemas de IA auditáveis e supervisionados por humanos.
9. Conclusão
O futuro da contabilidade em Portugal é digital, estratégico e orientado para a inovação. A inteligência artificial não elimina a profissão, mas sim reforça-a. Os contabilistas que liderarem esta mudança serão protagonistas de uma nova era de valor acrescentado.
Principais Lições
Adota ferramentas de IA para libertar tempo e aumentar a precisão.
Investe em competências analíticas e humanas para liderar estrategicamente.
Valoriza a formação contínua como diferencial competitivo.
Incentiva a ética e transparência no uso da IA na contabilidade.
Participa ativamente na transformação digital do setor.
Perguntas Frequentes (FAQ)
Como a IA está a alterar o dia a dia dos contabilistas?
Está a automatizar tarefas rotineiras, libertando tempo para atividades de maior valor, como análise e aconselhamento estratégico.
Quais são as competências mais valorizadas com a adoção da IA?
Competências digitais (análise de dados, automação), humanas (comunicação, ética) e capacidade de gerir conhecimento técnico.
A IA vai substituir os contabilistas?
Não. A IA vai transformar o papel do contabilista, reforçando-o como parceiro estratégico das empresas.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Como evitar alucinações em IA: guia essencial para empreendedores
TL;DR
Modelos de IA, como os utilizados em chatbots e assistentes virtuais, podem gerar respostas incorretas ou inventadas — conhecidas como alucinações em IA. Este artigo explica por que isso acontece, quais são os riscos para empreendedores e apresenta estratégias práticas (como a técnica ABC e uso de dados formatados) para evitar essas falhas e garantir decisões mais seguras e confiáveis.
O que são alucinações em IA?
Alucinações em IA ocorrem quando um modelo gera uma resposta incorreta, fictícia ou incoerente com os dados reais. Ao contrário de bugs clássicos, não se trata de erro de código, mas sim de interpretações erradas ou fabricadas por modelos baseados em linguagem.
Exemplos comuns:
Um chatbot que inventa uma política de reembolso que não existe.
Um assistente virtual que cita um estudo que nunca foi publicado.
Segundo Peter Norvig, um dos pioneiros da IA na Google, essas falhas geralmente ocorrem por entrada de dados ambígua ou incompleta (Norvig, 2021).
Por que os empreendedores devem se preocupar?
Decisões estratégicas com base em dados falsos.
Informações incorretas para clientes, prejudica a reputação.
Riscos legais e de conformidade.
Em startups, onde decisões precisam ser ágeis e baseadas em automação, confiar cegamente na IA pode comprometer o negócio.
Estratégia ABC: evitar, desviar, corrigir
A estratégia ABC, é uma abordagem prática para minimizar alucinações:
A – Avoid (Evitar)
Use prompts claros e específicos para evitar ambiguidades.
Exemplo: Em vez de “fala sobre reembolsos”, diga “quais são as regras da empresa X sobre reembolso de produto defeituoso?”.
B – Bypass (Desviar)
Evite confiar na IA para tarefas críticas, como diagnósticos legais ou médicos.
Delegue essas tarefas a humanos ou a sistemas com validação manual.
C – Correct (Corrigir)
Acompanhe as respostas da IA com uma verificação factual automatizada ou humana.
Use validação cruzada com bases de dados reais.
Fatos Formatados (FF) e Fatos Totalmente Formatados (FFF)
Uma técnica altamente eficaz para evitar alucinações é o uso de Fatos Formatados (FF): frases estruturadas com sujeito, verbo e objeto, com informações completas.
Exemplo:
Incorreto: “Ele liderou o projeto com sucesso.”
Correto: “João Silva liderou o projeto de IA da empresa BetaTech em janeiro de 2024.”
Esses “fatos formatados” são mais facilmente compreendidos e verificados por IAs, reduzindo significativamente erros interpretativos.
Casos reais de impacto em negócios
Startup de saúde digital: IA recomendou um tratamento inexistente; após auditoria, descobriu-se que o prompt original era ambíguo.
E-commerce: Chatbot prometeu envio grátis para o exterior: uma política que não existia. Resultado: dezenas de reembolsos e críticas públicas.
Takeaways
Alucinações em IA são comuns e perigosas para decisões empresariais.
A estratégia ABC (Avoid, Bypass, Correct) ajuda a prevenir essas falhas.
O uso de Fatos Formatados (FF/FFF) aumenta a clareza e a fiabilidade da IA.
Empreendedores devem acompanhar, validar e controlar a atuação de modelos de linguagem nas empresas.
IA é poderosa, mas precisa ser tratada como assistente, não como oráculo.
FAQ
O que é uma alucinação em IA?
É quando a IA gera uma informação falsa, inventada ou incoerente, geralmente por falta de contexto ou dados corretos.
Como posso evitar alucinações no meu chatbot?
Use prompts claros, dados bem estruturados e implemente verificação humana em tarefas críticas. Adote a estratégia ABC (Avoid, Bypass, Correct).
Os Fatos Formatados funcionam com qualquer IA?
Sim, essa estrutura reduz ambiguidade e é útil para qualquer modelo de linguagem baseado em grandes volumes de texto, como GPT, Claude ou Gemini.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Agentes de Inteligência Artificial na Contabilidade: Como a Tecnologia Está a Transformar o Setor
Introdução
Num contexto empresarial cada vez mais competitivo e dinâmico, a tecnologia tem vindo a desempenhar um papel decisivo na transformação dos processos de negócio, incluindo na área da contabilidade. A crescente complexidade fiscal, a necessidade de uma análise financeira mais ágil e a exigência de maior eficiência operacional impulsionaram a adoção de soluções baseadas em inteligência artificial (IA).
Os agentes de IA, enquanto sistemas capazes de perceber o ambiente, analisar dados e executar ações de forma autónoma, estão a abrir novas possibilidades no setor da contabilidade, permitindo automatizar tarefas, reduzir erros e gerar insights estratégicos.
Este artigo pretende explorar o conceito de agentes de IA, apresentar as suas aplicações práticas na contabilidade e refletir sobre os benefícios, desafios e perspetivas futuras que esta tecnologia oferece aos profissionais e empresas do setor.
O que são agentes de IA?
Os agentes de inteligência artificial (IA) são sistemas de software ou dispositivos equipados com capacidades que lhes permitem perceber o ambiente que os rodeia, processar essas informações e agir de forma autónoma, com o objetivo de alcançar determinados resultados ou objetivos.
Estes agentes são compostos, de forma simplificada, por três elementos fundamentais:
Perceção: capacidade de recolher dados do ambiente externo, através de sensores, APIs, câmaras ou qualquer outra fonte de informação relevante.
Decisão: processamento dos dados recolhidos com recurso a algoritmos de IA, aprendizagem automática ou regras lógicas, permitindo avaliar situações, identificar padrões ou antecipar cenários.
Ação: execução de tarefas ou comandos em resposta à análise feita, podendo interagir com sistemas, utilizadores ou mesmo com o ambiente físico.
Para além do setor contabilístico, os agentes de IA têm sido amplamente utilizados noutras áreas, como por exemplo:
Assistentes virtuais (como Alexa, Google Assistant ou Siri), que interagem com utilizadores através de linguagem natural.
Robôs de processos automatizados (RPA), utilizados em tarefas administrativas de grande volume.
Veículos autónomos, que percebem o ambiente e tomam decisões em tempo real.
No setor da contabilidade, estas capacidades oferecem inúmeras possibilidades de otimização e automação, como será detalhado nas secções seguintes.
Aplicações práticas na contabilidade
Criação de análises económico-financeiras: Os agentes de IA podem gerar relatórios detalhados e análises avançadas sobre a saúde financeira da empresa, identificando tendências, riscos e oportunidades que nem sempre são visíveis em análises tradicionais. Isto pode inclui indicadores como rentabilidade, liquidez, eficiência operacional, entre outros.
Análise de padrões e deteção de anomalias: Mais do que simples verificações, os agentes de IA identificam padrões incomuns nos dados financeiros, alertando para potenciais erros, fraudes ou comportamentos fora do esperado.
Conformidade fiscal e alertas inteligentes: Os agentes acompanham as operações em tempo real, garantindo o cumprimento das obrigações fiscais e enviando notificações automáticas em caso de incumprimento ou risco de penalizações.
Previsão financeira e orçamental: Com base em modelos preditivos e históricos de dados, os agentes ajudam a construir previsões de receitas, despesas e fluxos de caixa, apoiando a gestão estratégica e a tomada de decisões.
Assistentes virtuais para apoio interno: Os agentes podem responder automaticamente a perguntas internas sobre saldos, prazos fiscais, relatórios pendentes ou outras questões operacionais, reduzindo a carga administrativa sobre os contabilistas.
Apoio em auditorias e controlo interno: Durante auditorias, os agentes reúnem automaticamente documentação, cruzam dados relevantes e preparam relatórios de apoio, facilitando a interação com auditores externos e assegurando que tudo está em conformidade.
Benefícios para os profissionais de contabilidade
A adoção de agentes de IA na contabilidade traz benefícios significativos tanto para os profissionais do setor como para as empresas. Estes sistemas permitem libertar os contabilistas de tarefas rotineiras e morosas, possibilitando uma maior concentração em atividades de valor acrescentado, como o aconselhamento estratégico e a tomada de decisões baseadas em dados mais robustos.
Entre os principais benefícios destacam-se:
Aumento da eficiência e produtividade: Os agentes de IA automatizam tarefas repetitivas, como a análise de grandes volumes de dados ou a geração de relatórios, permitindo aos profissionais dedicarem mais tempo a atividades analíticas e de apoio à gestão.
Redução de erros e fraudes: Graças à capacidade de análise detalhada e à deteção de padrões anómalos, os agentes contribuem para a redução de erros humanos e auxiliam na identificação precoce de irregularidades, mitigando riscos financeiros e fiscais.
Melhor qualidade da informação financeira: Com dados processados em tempo real e análises preditivas mais rigorosas, as decisões empresariais passam a basear-se em informações atualizadas, fiáveis e relevantes, melhorando a transparência e a conformidade.
Foco em tarefas estratégicas e menos tarefas repetitivas: Ao libertar os contabilistas de tarefas operacionais, os agentes de IA permitem que estes assumam um papel mais consultivo, participando ativamente na definição de estratégias financeiras e na criação de valor para o negócio.
Desafios e limitações
Apesar dos inúmeros benefícios que a aplicação de agentes de IA pode trazer à contabilidade, existem também desafios e limitações que não devem ser ignorados. A implementação destas tecnologias requer um planeamento cuidadoso e uma adaptação progressiva por parte das empresas e profissionais.
Custo de implementação: A introdução de agentes de IA pode implicar investimentos iniciais significativos, tanto em termos de software como de infraestruturas tecnológicas, além da necessidade de formação das equipas.
Necessidade de integração com sistemas existentes: Os agentes de IA necessitam de se integrar de forma eficiente com os sistemas de gestão e contabilidade já em uso nas empresas. Esta integração pode revelar-se complexa e exigir personalizações ou adaptações técnicas.
Resistência à mudança por parte das equipas: A adoção de novas tecnologias pode gerar receios entre os profissionais, como a perda de controlo sobre processos ou até o receio de substituição laboral. É fundamental gerir estas mudanças com uma estratégia clara de comunicação e formação.
Questões éticas e de segurança de dados: A utilização de agentes de IA na gestão de dados sensíveis financeiros e fiscais levanta preocupações quanto à segurança, privacidade e ética na utilização da informação. É essencial garantir o cumprimento das normas legais em vigor, bem como adotar práticas de governação responsável dos dados.
O futuro da contabilidade com IA
O futuro da contabilidade será marcado pela crescente integração de tecnologias de inteligência artificial em todos os processos contabilísticos, desde as tarefas operacionais até às áreas estratégicas. À medida que os agentes de IA evoluem, surgem novas tendências que prometem transformar ainda mais o setor.
Tendências emergentes: Destacam-se tendências como a IA generativa, que permitirá criar relatórios financeiros dinâmicos e personalizados com base em dados em tempo real, e o uso de agentes autónomos que poderão tomar decisões preliminares sem intervenção humana, otimizando fluxos de trabalho e acelerando processos de gestão financeira.
O papel do contabilista humano num mundo automatizado: Mesmo num cenário altamente automatizado, o papel do contabilista continua a ser fundamental, assumindo funções mais estratégicas, analíticas e consultivas. A capacidade humana de interpretar contextos complexos, comunicar com stakeholders e tomar decisões éticas continuará a ser insubstituível.
Como preparar as equipas para a transformação digital: É essencial investir na formação contínua dos profissionais de contabilidade, capacitando-os para trabalhar em conjunto com agentes de IA e tirar partido das suas capacidades. Além disso, as empresas devem promover uma cultura de inovação e adaptação, preparando as equipas para uma transição digital harmoniosa e sustentável.
Conclusão
A inteligência artificial, através da aplicação de agentes inteligentes, está a revolucionar o setor da contabilidade, oferecendo novas formas de automatização, análise avançada e suporte à tomada de decisão. Ao longo deste artigo, foi possível compreender o conceito de agentes de IA, as suas aplicações práticas no contexto contabilístico, bem como os benefícios e desafios que a sua adoção representa.
Apesar dos obstáculos inerentes à transformação digital, como o custo de implementação, as questões éticas e a resistência à mudança, os ganhos em eficiência, precisão e qualidade da informação tornam a IA uma aliada estratégica incontornável para os profissionais e empresas do setor.
Perante este cenário, é fundamental que os profissionais de contabilidade se preparem ativamente para esta nova realidade, apostando na atualização de competências e na integração inteligente destas tecnologias nos seus processos de trabalho. O futuro da contabilidade será, sem dúvida, cada vez mais digital, e os agentes de IA desempenharão um papel central nesta evolução.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Novos Modelos de IA da OpenAI: O Que Mudou e Porque Isso É Revolucionário (O3, O4 Mini e O4 Mini High)
Atualizado em: Abril de 2025 | Por: Vitor Martins – Especialista em IA para a Gestão e Contabilidade
TL;DR
A OpenAI lançou os modelos O3, O4 Mini e O4 Mini High, focados em raciocínio avançado. Estes modelos conseguem usar ferramentas do ChatGPT de forma autónoma, analisar imagens, aceder à internet e gerar código. O O4 Mini High destaca-se como o mais poderoso até agora.
O que são os novos modelos O3 e O4 Mini?
A OpenAI introduziu três novos modelos:
O3: Para raciocínio profundo.
O4 Mini: Mais rápido e eficiente.
O4 Mini High: Focado em programação e raciocínio visual.
Principais Funcionalidades
Autonomia no uso de ferramentas (web, código, imagem)
Raciocínio multimodal (texto + imagem)
Respostas lógicas com explicações detalhadas
Atualizações constantes e maior segurança
Comparação com Modelos Anteriores
Modelo
Velocidade
Raciocínio
Suporte Visual
Ferramentas
O1
Média
Baixo
Não
Limitado
O3
Alta
Muito Bom
Sim
Sim
O4 Mini
Muito Alta
Bom
Sim
Sim
O4 Mini High
Alta
Excelente
Sim (Avançado)
Sim (Avançado)
Casos de Uso Práticos
Análise Visual com Planeamento
Criação de itinerários turísticos a partir de imagens com horários.
Estimativas e Problemas Complexos
Respostas detalhadas como “Quantos afinadores de piano há em Nova Iorque?”
Programação e Criação de Jogos
Criação de jogos em Python com apenas um ficheiro e lógica de jogo completa.
FAQs sobre os novos modelos da OpenAI
Estão disponíveis gratuitamente? Sim, o O4 Mini está no plano gratuito.
Qual é o melhor para programar? O O4 Mini High.
Todos acedem à internet? Sim, com autonomia.
Conclusão
Os novos modelos são um grande avanço. Com maior autonomia, capacidade multimodal e raciocínio profundo, representam o que há de mais moderno na inteligência artificial generativa.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Canva Code: IA ao serviço da criação digital nas empresas
Introdução: O futuro da criação digital chegou
Num mundo onde a velocidade da inovação dita o ritmo do mercado, as empresas procuram cada vez mais soluções tecnológicas que aliem eficiência, acessibilidade e impacto visual. Foi neste contexto que, durante o evento Canva Create 2025, a empresa australiana apresentou um conjunto de novidades que prometem revolucionar a forma como as equipas e as empresas criam e comunicam. Entre estas inovações, destaca-se uma ferramenta que pode mudar por completo o jogo: Canva Code.
O Canva, conhecido por democratizar o design gráfico, dá agora um passo audacioso rumo ao universo da programação assistida por inteligência artificial. O Canva Code permite criar experiências digitais interativas, como aplicações, formulários ou widgets, a partir de simples descrições escritas. E o melhor? Tudo isto sem escrever uma única linha de código.
Nesta edição da newsletter, vou explorar em profundidade o que é o Canva Code, como funciona, e de que forma pode ser uma mais-valia real para as empresas que querem inovar, acelerar processos e formar as suas equipas com ferramentas baseadas em IA.
O que é o Canva Code?
O Canva Code é uma das grandes apostas da Canva para 2025: uma ferramenta que alia a simplicidade do design intuitivo à complexidade (invisível) da programação. Na prática, trata-se de um gerador de código baseado em Inteligência Artificial, integrado diretamente no ecossistema Canva, que permite criar funcionalidades interativas a partir de descrições escritas em linguagem natural.
Imagina que precisas de um formulário de inscrição, de uma calculadora de orçamento, de um quiz para redes sociais ou até de um pequeno jogo educativo. Basta descrever o que pretendes — por exemplo, “criar uma calculadora de poupança para empresas com três variáveis de entrada” — e o Canva Code trata do resto: gera o código, apresenta a interface funcional, e integra automaticamente o elemento no teu design.
O mais interessante? Tudo isto sem que precises de saber programar. O Canva Code abre a porta da criação digital a profissionais de marketing, recursos humanos, vendas, comunicação e outras áreas que até agora dependiam de desenvolvedores para transformar as ideias em realidade.
Além de facilitar a criação, o Canva Code também reduz drasticamente o tempo entre conceito e execução — permitindo que as empresas testem ideias, validem soluções e interajam mais rapidamente, sem os habituais bloqueios técnicos.
Como funciona?
O grande trunfo do Canva Code é a sua simplicidade. A experiência de utilização foi pensada para qualquer pessoa — independentemente do seu background técnico — poder criar soluções interativas com apenas alguns cliques e uma breve descrição em texto.
Passo a passo da criação:
Descreve o que queres criar No editor do Canva, basta ativar a funcionalidade do Canva Code e escrever o que pretendes, como se estivesses a falar com um colega:
“Quero criar um formulário de feedback com 5 perguntas e um botão de envio.”
Geração automática de código + interface A IA do Canva interpreta o pedido, gera o código necessário por trás do design (HTML, CSS e JavaScript, por exemplo) e apresenta um componente funcional pronto a usar.
Edição visual e integração imediata Podes personalizar o layout, cores, fontes ou adicionar elementos do ecossistema Canva (ícones, imagens, vídeos, etc.). O componente criado é arrastável e editável como qualquer outro elemento do Canva.
Publicação e partilha O resultado pode ser integrado em apresentações, sites criados no Canva, documentos interativos ou exportado para outras plataformas. Tudo de forma fluída.
A IA faz (quase) tudo por ti
Não estamos a falar apenas de automatizar design — o Canva Code compreende linguagem natural e traduz ideias em funcionalidades reais. Se antes o caminho entre uma ideia e a sua aplicação prática envolvia reuniões com desenvolvedores, testes e muito tempo, agora a barreira técnica desaparece.
O sistema utiliza modelos de IA avançados para:
Compreender o contexto do pedido;
Gerar código otimizado e funcional;
Criar a interface visual adequada;
Integrar o componente num design ou projeto maior.
Um verdadeiro “colega virtual” de todas as equipas
A facilidade de uso faz com que o Canva Code possa ser utilizado por:
Equipas de marketing para criar campanhas interativas;
Departamentos de recursos humanos que queiram dinamizar onboarding;
Gestores de produto para prototipar ideias;
Formadores e consultores que precisem de dinamizar conteúdos.
O Canva Code transforma o Canva num ambiente de desenvolvimento visual completo, mas acessível e rápido. Uma verdadeira revolução no mundo do design e da criação digital.
Exemplos práticos de utilização em contexto empresarial
Uma das grandes mais-valias do Canva Code é a sua versatilidade. Ao permitir que qualquer colaborador transforme ideias em soluções digitais funcionais, esta ferramenta abre um leque quase infinito de possibilidades dentro das empresas — desde operações internas até campanhas externas. Abaixo, partilho alguns exemplos práticos, por departamento:
Marketing
Quizzes e testes interativos para captar leads e aumentar o engagement nas redes sociais.
Calculadoras de ROI ou orçamentos incorporadas em landing pages.
Simuladores de produto que permitem aos clientes personalizar uma oferta e ver o resultado em tempo real.
Pop-ups e banners dinâmicos para sites, criados sem sair do Canva.
Recursos Humanos
Formulários de recrutamento personalizados com envio direto de respostas.
Mapas de onboarding interativos para novos colaboradores.
Ferramentas de feedback anónimas integradas em apresentações internas.
Jogos de integração ou quizzes sobre a cultura da empresa, úteis em programas de acolhimento.
Vendas e Atendimento ao Cliente
Assistentes de produto com lógica condicional: o utilizador responde a algumas perguntas e recebe uma sugestão personalizada.
Calculadoras de preços, com diferentes opções e parâmetros.
Mini chatbots ou fluxos de perguntas-respostas para dúvidas frequentes.
Ferramentas de comparação de produtos com interatividade visual.
Formação interna e Educação Empresarial
Simuladores de processo (ex.: “como preencher corretamente um pedido de férias”).
Flashcards e jogos de perguntas para reforçar o conhecimento em contexto de formação.
Ambientes de simulação para práticas seguras, como atendimento ao cliente ou resposta a emergências.
Avaliações automáticas integradas em documentos ou apresentações.
Gestão e Estratégia
Dashboards básicos com indicadores-chave e interações simples (ex.: atualizar valores ou trocar filtros).
Visualizações interativas de planos estratégicos que mostram tarefas pendentes e progressos.
Checklist digital com marcação de tarefas concluídas em tempo real.
Estes exemplos mostram como o Canva Code pode ser um verdadeiro acelerador de inovação interna, permitindo que as equipas criem rapidamente soluções personalizadas para os desafios que enfrentam sem necessidade de recorrer a ferramentas externas ou equipas técnicas especializadas.
O resultado? Mais agilidade, autonomia e criatividade em todas as áreas da empresa.
Integração com outras ferramentas do Visual Suite 2.0
O lançamento do Canva Code não surgiu isoladamente, faz parte de uma evolução mais ampla da plataforma Canva, agora reposicionada como uma Visual Communication Suite. Com esta transformação, o Canva procura ser muito mais do que uma ferramenta de design: quer ser o centro de gravidade das comunicações visuais das empresas, integrando dados, automação e interatividade.
O Canva Code funciona de forma nativa com outras ferramentas poderosas introduzidas na Visual Suite 2.0, criando sinergias que potenciam ainda mais o impacto nas empresas.
Canva Sheets: o Excel visual
Uma das novidades mais promissoras, o Canva Sheets é uma folha de cálculo visual, pensada para quem quer transformar dados em histórias. Com funcionalidades de automação baseadas em IA, permite:
Importar dados de plataformas como HubSpot, Salesforce ou Google Analytics;
Criar gráficos e dashboards visualmente apelativos com poucos cliques;
Integrar esses dados diretamente em apresentações ou relatórios.
Integração com o Canva Code: Os dados gerados ou processados no Canva Sheets podem alimentar widgets criados com o Canva Code — por exemplo, uma calculadora interativa ou um gráfico que responde a inputs do utilizador.
Magic Charts: transformar dados em narrativas
O Magic Charts é uma ferramenta que utiliza IA para converter dados brutos em visualizações dinâmicas. Basta colar um conjunto de dados, e a ferramenta sugere automaticamente o tipo de gráfico ideal (barras, pizza, linha, etc.) e aplica animações.
Integração com o Canva Code: Podes criar dashboards interativos, combinando gráficos gerados pelo Magic Charts com filtros, sliders ou botões produzidos via Canva Code.
Editor de Imagens com IA: estilo Photoshop simplificado
Esta nova versão do editor de imagens da Canva aproxima-se da sofisticação do Photoshop, mas com um interface simplificado e assistido por IA. Permite:
Remover ou substituir fundos automaticamente;
Gerar ambientes ou objetos por prompt;
Aplicar efeitos inteligentes com um clique.
Integração com o Canva Code: As imagens e elementos visuais podem ser dinamicamente alterados com inputs definidos no código. Por exemplo, um utilizador escolhe um tema e o Canva Code adapta a imagem de fundo ou os ícones conforme a escolha.
Assistente de IA unificado
O Canva reúne agora todas as suas funcionalidades inteligentes sob um assistente IA centralizado. É possível dar comandos de voz ou texto, pedir sugestões criativas, automatizar tarefas repetitivas e navegar entre as ferramentas de forma fluida.
Este assistente ajuda também a interagir com o Canva Code, sugerindo funções, corrigindo erros ou otimizando componentes.
Com esta integração profunda, o Canva Code deixa de ser uma ferramenta isolada para se tornar numa peça-chave de um ecossistema visual onde dados, design e interatividade se fundem numa experiência sem fricção.
Esta abordagem holística traz enormes vantagens para as empresas: mais eficiência, menos dispersão entre plataformas e uma maior coerência visual e funcional em todos os canais de comunicação.
Vantagens para as empresas
A adoção de tecnologias que unem simplicidade, automação e criatividade é um dos caminhos mais eficazes para tornar as empresas mais ágeis e competitivas. O Canva Code posiciona-se como uma dessas soluções transformadoras, com benefícios tangíveis para as equipas de todos os tamanhos e setores.
Abaixo destacam-se as principais vantagens que esta ferramenta oferece ao ambiente empresarial:
Agilidade e rapidez na criação de soluções
Com o Canva Code, o tempo entre a ideia e a execução é drasticamente reduzido. Já não é necessário abrir pedidos a equipas de TI, contratar freelancers para desenvolver pequenos widgets ou ferramentas. Tudo pode ser feito internamente, em minutos.
➡️ Impacto direto: acelera lançamentos de campanhas, eventos, comunicações internas e protótipos.
Redução de custos operacionais
Ao eliminar a necessidade de programação manual para projetos simples, o Canva Code reduz custos com desenvolvimento, manutenção e outsourcing. É especialmente vantajoso para startups, PME ou departamentos com orçamentos limitados.
➡️ Mais autonomia = menos dependência externa.
Democratização da criação digital
Qualquer pessoa na empresa, de um designer a um responsável de RH, pode criar soluções funcionais com uma simples descrição. O Canva Code capacita equipas não técnicas a resolver problemas criativos de forma independente.
➡️ Este empowerment leva a uma cultura mais colaborativa e inovadora dentro da empresa.
Integração com ecossistemas existentes
Sendo parte integrante da Visual Suite 2.0, o Canva Code comunica nativamente com outras ferramentas visuais e de dados (como Canva Sheets e Magic Charts), facilitando a criação de experiências interativas ligadas à realidade da empresa.
➡️ Isto garante uma experiência mais fluida e elimina obstáculos entre departamentos criativos, estratégicos e analíticos.
Controlo e consistência na comunicação visual
Como tudo é feito dentro do Canva, é possível garantir que os componentes criados mantêm a identidade visual da empresa (cores, tipografias, logótipos, etc.). A interatividade não compromete a consistência.
➡️ Perfeito para marcas que valorizam a coerência na comunicação.
Inovação acessível
O Canva Code permite explorar novas formas de interação com clientes e colaboradores sem investir em plataformas complexas ou especializadas. Testar ideias nunca foi tão fácil.
➡️ O risco de inovar diminui, e o potencial de diferenciação aumenta.
No fundo, o Canva Code é uma resposta direta aos desafios das empresas modernas: fazer mais, melhor e mais depressa com menos recursos. Num cenário cada vez mais competitivo, ferramentas como esta ajudam a libertar a criatividade e acelerar a transformação digital de forma prática e escalável.
Limitações e cuidados a ter
Apesar do seu enorme potencial e da facilidade de utilização, o Canva Code — como qualquer tecnologia emergente — não é uma solução mágica para todos os desafios. É importante que as empresas compreendam os limites atuais, riscos associados e as boas práticas a adotar, especialmente quando o utilizam em contextos mais sensíveis ou estratégicos.
Não substitui desenvolvimento técnico complexo
Embora o Canva Code seja excelente para criar aplicações simples e widgets interativos, não substitui frameworks robustas de desenvolvimento, nem ferramentas empresariais com lógica complexa, integração com bases de dados avançadas ou necessidades específicas de performance.
➡️ Use-o como complemento criativo ou de prototipagem — não como backend principal de sistemas críticos.
Privacidade e proteção de dados
Ao criar formulários ou experiências interativas que recolhem informações, é essencial garantir o cumprimento do RGPD (Regulamento Geral de Proteção de Dados) ou outras normas locais de proteção de dados.
➡️ Valide sempre como os dados são armazenados, processados e exportados. A Canva tem boas práticas de segurança, mas a responsabilidade pela conformidade legal é da empresa utilizadora.
Testes e validação continuam a ser necessários
Mesmo que o Canva Code gere funcionalidades funcionais, é importante testar exaustivamente a experiência do utilizador e verificar que o resultado final corresponde às expectativas, tanto no desktop como em dispositivos móveis.
➡️ Não assuma que “funciona” só porque parece estar bem visualmente.
Limitações de personalização avançada
A IA pode interpretar mal certos pedidos complexos, ou gerar soluções genéricas. Apesar de ser possível editar o código manualmente (para quem tem conhecimentos técnicos), a liberdade criativa tem limites quando comparada com um ambiente de desenvolvimento tradicional.
➡️ Projetos com lógicas muito específicas ou necessidades técnicas fora do padrão devem considerar abordagens complementares.
Risco de dependência de plataforma
Como o Canva Code está integrado exclusivamente na plataforma Canva, existe uma certa dependência tecnológica. Se a empresa parquear processos-chave nestas funcionalidades, convém considerar alternativas de contingência ou exportações periódicas.
➡️ Mantenha uma estratégia que evite ficar completamente dependente do Canva, especialmente em projetos sensíveis.
✅ Boas práticas recomendadas:
Formar as equipas sobre os limites e boas utilizações da ferramenta;
Evitar o uso para recolha de dados sensíveis sem revisão legal;
Fazer backups regulares de componentes e projetos;
Documentar o que foi criado, mesmo sendo “no-code”.
Com estas precauções, o Canva Code pode ser usado de forma segura, estratégica e eficiente, maximizando o valor da inovação, sem colocar em risco a operação da empresa.
Futuro e implicações
O lançamento do Canva Code marca um ponto de viragem importante na forma como pensamos a criação digital no contexto empresarial. Esta ferramenta não é apenas mais uma funcionalidade, é um sinal claro de uma tendência global: a convergência entre design, tecnologia e inteligência artificial, ao serviço da inovação.
O crescimento do “no-code inteligente”
Nos últimos anos, temos assistido à ascensão de plataformas no-code e low-code, que permitem a qualquer pessoa criar websites, apps e automações sem necessidade de saber programar. O que o Canva Code faz é dar o próximo passo lógico: incorporar inteligência artificial nesse processo, tornando-o ainda mais intuitivo, rápido e adaptável.
➡️ Isto representa um reforça real das equipas, onde o conhecimento técnico deixa de ser uma barreira para inovar.
Um novo tipo de talento nas empresas
Ferramentas como o Canva Code criam espaço para um novo perfil profissional: o criador híbrido. Pessoas com pensamento criativo, visão estratégica e capacidade de usar ferramentas assistidas por IA para construir soluções práticas, sem serem desenvolvedores, mas também sem estarem limitadas ao design tradicional.
➡️ Este tipo de talento será cada vez mais valioso nas empresas modernas, onde a agilidade e a autonomia são fatores competitivos.
Integração entre criatividade e lógica
O Canva Code mostra que já não é necessário escolher entre “estética” e “funcionalidade”. As experiências digitais de hoje exigem interatividade, personalização e impacto visual, e agora, tudo isso pode ser construído num só ambiente, sem sair do Canva.
➡️ As empresas passam a ter uma plataforma única para criar, testar, apresentar e até implementar soluções.
Implicações sociais e económicas
À medida que estas ferramentas se tornam mais acessíveis, o custo de entrada para criar experiências digitais diminui drasticamente. Isto pode ter efeitos transformadores, sobretudo em:
Startups que querem lançar protótipos rapidamente;
PME com poucos recursos financeiros;
Educação e formação profissional, onde o Canva Code pode ser usado para ensinar lógica e criatividade ao mesmo tempo.
➡️ Democratizar a criação digital não é apenas uma questão de produtividade, é uma questão de inclusão e equidade tecnológica.
E o papel dos desenvolvedores?
Importante sublinhar: o Canva Code não elimina a necessidade de programadores. Em vez disso, liberta-os de tarefas repetitivas e permite que se foquem em projetos mais desafiantes e estruturantes. É uma evolução complementar, e não um substituto.
➡️ O futuro é colaborativo: IA, design e desenvolvimento lado a lado.
O Canva Code antecipa um futuro em que qualquer colaborador pode ser criador de soluções. As implicações são vastas: desde a aceleração da transformação digital até à reformulação da forma como as empresas comunicam, envolvem e trabalham. E este é apenas o começo.
Conclusão: Tecnologia acessível para as equipas mais criativas
Vivemos numa era em que a criatividade e a tecnologia já não pertencem a mundos separados. O lançamento do Canva Code prova que é possível colocar ferramentas poderosas nas mãos de qualquer pessoa, reduzindo barreiras, acelerando ideias e transformando a forma como as empresas inovam.
Esta funcionalidade não é apenas uma curiosidade técnica, é um símbolo de mudança cultural. Deixa de ser necessário recorrer exclusivamente a especialistas para criar soluções interativas ou protótipos digitais. Agora, qualquer equipa pode experimentar, testar, apresentar e implementar ideias com um simples prompt.
Para empresas que valorizam agilidade, autonomia e diferenciação, o Canva Code representa uma oportunidade clara de:
Tornar os processos criativos mais rápidos e eficientes;
Promover a colaboração entre equipas criativas e estratégicas;
Libertar o potencial de inovação de colaboradores que, até agora, estavam limitados pelas ferramentas tradicionais.
No fundo, trata-se de dar superpoderes criativos a todos os colaboradores, através de uma tecnologia intuitiva, escalável e cada vez mais integrada nos fluxos de trabalho modernos.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
A engenharia de prompts (prompt engineering) tem tido avanços notáveis, impulsionados pela crescente sofisticação dos modelos de linguagem de grande escala e pela necessidade de resultados mais precisos e contextualizados. Técnicas como few-shot prompting, chain-of-thought prompting e self-consistency estão a transformar a forma como interagimos e obtemos respostas de Inteligência Artificial (IA). Além disso, surgem metodologias de otimização de prompts e preocupações éticas sobre a sua utilização. Este artigo apresenta um panorama das descobertas mais recentes e das metodologias aplicadas, comparando-as com estudos anteriores, e fornece referências credíveis para aprofundamento.
2. Introdução
Nos últimos anos, a IA tem-se expandido exponencialmente, em grande parte graças ao aparecimento de modelos de linguagem de grande porte, como o GPT (Generative Pre-trained Transformer). Estes modelos demonstram capacidades impressionantes em tarefas como tradução, redação de textos, geração de código e muito mais. No entanto, a maneira como formulamos solicitações (ou prompts) para estes modelos influencia decisivamente a qualidade e relevância das respostas. A área de prompt engineering estuda precisamente a arte e a ciência de criar, otimizar e analisar esses prompts. Neste artigo, resumem-se as investigações mais recentes, as metodologias emergentes e como estas se relacionam com estudos anteriores, apresentando, ainda, uma seleção de referências fiáveis.
3. Principais Descobertas
3.1. Maior importância da contextualização
Verificou-se que a forma e o grau de detalhe do contexto apresentado ao modelo têm impacto direto na qualidade das respostas. A técnica de chain-of-thought, por exemplo, incentiva o modelo a expor o seu raciocínio passo a passo, resultando em respostas mais precisas e transparentes (Wei et al., 2022).
3.2. Técnicas de few-shot e zero-shot mais robustas
Métodos de few-shot prompting (apresentando poucos exemplos de entrada-saída) e zero-shot prompting (baseando-se apenas em instruções claras, sem exemplos específicos) têm demonstrado melhorias substanciais em várias tarefas, desde classificação até sumarização (Brown et al., 2020). Esta evolução reduz a necessidade de grandes quantidades de dados anotados.
3.3. Utilização de self-consistency e revisão iterativa
Abordagens que permitem ao modelo gerar múltiplas cadeias de raciocínio e comparar essas sequências entre si aumentam a coerência e a robustez das respostas (Wang et al., 2022). Este mecanismo de verificação interna (self-consistency) diminui a probabilidade de contradições e resultados ambíguos.
3.4. Otimização automática de prompts
Ferramentas e algoritmos têm sido desenvolvidos para otimizar a formulação de prompts de forma automática, usando métodos de pesquisa heurística ou análise de gradientes (Zhou et al., 2022). Esta abordagem poupa tempo e permite encontrar configurações de prompts mais eficazes, comparativamente à experimentação manual exaustiva.
3.5. Preocupações éticas e de segurança
O avanço no prompt engineering reforça a necessidade de cuidados com desinformação, enviesamentos e conteúdos potencialmente nocivos. Investigações atuais incluem a criação de prompts que detetam e bloqueiam conteúdos sensíveis, ou que assinalam a necessidade de revisão humana (Ouyang et al., 2022).
4. Metodologias Aplicadas
4.1. Experiências controladas em benchmarks
Grande parte da pesquisa baseia-se em comparar diferentes prompts em conjunto de testes padronizados, como GLUE, SuperGLUE ou MMLU, quantificando melhorias de desempenho (Wei et al., 2022).
4.2. Abordagens de ablation study
Para determinar a relevância de cada elemento de um prompt (texto de instrução, exemplos, formatação), utilizam-se estudos de ablação, removendo ou substituindo sistematicamente componentes e aferindo o impacto nos resultados (Brown et al., 2020).
4.3. Métodos de human-in-the-loop
Nesta abordagem, o ser humano colabora na criação e avaliação de prompts, fornecendo anotações ou correções, de modo a acelerar o aperfeiçoamento. Este processo realimenta o modelo com instruções mais claras e ajustadas a cenários específicos (Ziegler et al., 2019).
4.4. Simulações de cenários práticos
Há uma crescente aplicação em contextos reais ou ambientes simulados, por exemplo, em sistemas de atendimento ao cliente ou geração de código. Avalia-se a robustez do modelo quanto à coerência, escalabilidade e capacidade de lidar com pedidos imprevistos (Chen et al., 2021).
5. Comparação com Estudos Anteriores
5.1. Melhoria na eficiência e no rigor
Enquanto abordagens passadas se centravam em fine-tuning convencional, gastando recursos computacionais e exigindo grandes conjuntos de dados específicos, os métodos atuais de prompt engineering focam-se em maximizar a capacidade de in-context learning, reduzindo custos de treino (Brown et al., 2020).
5.2. Maior flexibilidade e menor dependência de dados anotados
Estudos anteriores valorizavam a recolha e anotação de dados de elevada qualidade para obter bons resultados. Hoje, os desenvolvimentos em few-shot e zero-shot prompting comprovam que instruções cuidadosamente formuladas podem substituir, em parte, essa necessidade (Ouyang et al., 2022).
5.3. Abordagens mais transparentes e interpretáveis
A ênfase em chain-of-thought e self-consistency demonstra uma viragem para maior interpretabilidade. Outrora, o foco era sobretudo maximizar métricas de desempenho, enquanto agora se procura também compreender e justificar o raciocínio dos modelos (Wei et al., 2022).
5.4. Convergência de comunidades de IA e HCI
Há uma aproximação mais forte entre áreas de IA e Interação Humano-Computador (HCI), que resulta no desenvolvimento de ferramentas e interfaces para a conceção de prompts, permitindo que utilizadores não especialistas configurem e avaliem facilmente diferentes formatações (Zhou et al., 2022).
6. Conclusões
A engenharia de prompts encontra-se no cerne da adoção e uso eficiente de modelos de linguagem de grande escala, trazendo avanços metodológicos e práticos. Em comparação com investigações anteriores, as descobertas recentes realçam:
A relevância de instruções e exemplos bem estruturados;
A redução da necessidade de grandes quantidades de dados anotados;
A importância de mecanismos de verificação (como self-consistency);
A preocupação crescente com segurança, ética e interpretabilidade.
Espera-se que o prompt engineering continue a evoluir, especialmente com o aperfeiçoamento de ferramentas automáticas de otimização e com colaborações multidisciplinares que tornem o desenvolvimento de IA mais acessível, confiável e seguro.
7. Referências Principais
Brown, T., Mann, B., Ryder, N., Subbiah, M., Kaplan, J., Dhariwal, P., Neelakantan, A., … & Amodei, D. (2020). Language models are few-shot learners.Advances in Neural Information Processing Systems, 33, 1877-1901.
Chen, M., Tworek, J., Jun, H., Yuan, Q., Pinto, H., Kaplan, J., … & Zaremba, W. (2021). Evaluating large language models trained on code.arXiv preprint arXiv:2107.03374.
Ouyang, X., Jiang, Y., Holtzman, A., & Wen, J. (2022). Training language models to follow instructions with human feedback.arXiv preprint arXiv:2203.02155.
Wang, X., Wei, J., Schuurmans, D., Le, Q. V., & Chi, E. H. (2022). Self-consistency improves chain-of-thought reasoning in language models.arXiv preprint arXiv:2203.11171.
Wei, J., Wang, X., Schuurmans, D., Bosma, M., & Le, Q. V. (2022). Chain-of-thought prompting elicits reasoning in large language models.arXiv preprint arXiv:2201.11903.
Ziegler, D. M., Stiennon, N., Wu, J., Brown, T. B., Radford, A., Amodei, D., … & Irving, G. (2019). Fine-tuning language models from human preferences.arXiv preprint arXiv:1909.08593.
Zhou, P., Han, X., Liu, Z., & Sun, M. (2022). Prompt-based learning in natural language processing: A survey.arXiv preprint arXiv:2203.14560.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
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Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
A inteligência artificial está em constante evolução, e o Grok-3, o mais recente modelo desenvolvido pela xAI de Elon Musk, promete redefinir os padrões do setor. Com um desempenho impressionante que supera gigantes como GPT-4 da OpenAI e Gemini do Google, este novo modelo de linguagem está a revolucionar a forma como interagimos com a IA.
No meu mais recente artigo interativo, exploro as inovações, desafios e impactos do Grok-3, analisando como ele está a mudar o jogo em áreas como programação, matemática e pesquisa avançada. Além disso, descubra as funcionalidades inéditas deste modelo, incluindo o DeepSearch, que leva a procura por informação a um nível completamente novo.
Quer saber como o Grok-3 está a moldar o futuro da IA? Leia o artigo completo e mergulhe nesta revolução tecnológica.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Como a Inteligência Artificial pode simplificar a criação de flashcards interativos
Neste artigo, mostro como qualquer pessoa pode gerar flashcards em HTML de forma rápida e simples, mesmo sem conhecimentos de programação.
Através de exemplos práticos, como um conjunto de flashcards sobre a Análise SWOT, explico as vantagens desta abordagem e como o uso de um GPT personalizado pode facilitar ainda mais o processo.
Aprende a tirar partido da IA para otimizar o teu trabalho, estudo e organização.
O artigo tem um link para baixares o flashcard que criei sobre a Análise SWOT e que podes executar em qualquer computador.
Este é um artigo interativo, para aceder ao artigo clica aqui.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
O Futuro dos Negócios com IA: O Que Esperar para 2025
Recentemente, tive a oportunidade de realizar uma palestra sobre um tema que está a moldar o futuro das empresas: como a Inteligência Artificial (IA) transformará o panorama empresarial.
Essa palestra gerou nos participantes reflexões interessantes sobre estratégia, inovação e sustentabilidade.
Decidi compartilhar aqui a apresentação.
Além disso, disponibilizo o link para a versão interativa da apresentação aqui.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Cuidado ao usar o ChatGPT para análises económico-financeiras
Nos últimos tempos, o ChatGPT tem-se tornado uma ferramenta amplamente utilizada em diversas áreas profissionais. No entanto, para os contabilistas, consultores e analistas financeiros, é essencial perceber as suas limitações e potencial antes de utilizá-lo em tarefas tão delicadas como análises económico-financeiras. Este artigo explora os principais motivos pelos quais o ChatGPT, especialmente na sua versão gratuita, não é adequado para esses trabalhos e como a versão paga pode ser utilizada de forma mais eficiente, mas com cautela (principalmente se for um autodidata no uso do ChatGPT).
nota: se preferir pode ver a versão interativa deste artigo clicando aqui.
1. O que é o ChatGPT e suas limitações?
O ChatGPT é um modelo de linguagem (LLM – Large Language Model) projetado para processar e gerar textos. Ele é incrivelmente eficaz em criar respostas claras e organizar informações textuais. Contudo, há um limitação: não é uma ferramenta confiável para cálculos ou análises técnicas. Como LLM, seu foco é linguagem, não matemática ou execução de processos financeiros rigorosos.
Por exemplo, ao solicitar uma análise financeira ou projeções baseadas em dados específicos, o modelo pode fornecer respostas inconsistentes ou até mesmo equivocadas. Além disso, a versão gratuita possui uma janela de geração limitada, tornando inviável trabalhar com cálculos mais elaborados.
2. ChatGPT gratuito: quando evitá-lo
Embora seja tentador usar a versão gratuita para economizar dinheiro, há vários motivos para evitar a sua aplicação em análises económico-financeiras:
Resultados imprecisos: Mesmo para cálculos simples, o ChatGPT gratuito pode cometer erros, especialmente ao lidar com operações complexas ou dados extensos.
Inconsistência nas respostas: Se pedir a mesma análise cinco vezes, é possível que receba cinco respostas diferentes, o que destrói a confiabilidade necessária neste tipo de trabalho.
Falta de suporte a código: A versão gratuita não oferece recursos como a geração de códigos ou integração com outras ferramentas para cálculos mais precisos.
3. A versão paga e o uso de “esteroides”
A versão paga do ChatGPT é mais robusta, oferecendo funcionalidades adicionais como:
Janela de geração de código: Permite realizar cálculos mais complexos e processar dados com maior precisão. Fique descansado que não precisa de saber programar.
Acesso a modelos mais avançados (GPT-4): Fornece respostas mais coerentes e detalhadas.
Apesar desses recursos, é fundamental ressaltar que até mesmo a versão paga tem limitações. Ela é uma ferramenta complementar, não uma substituta para a inteligência humana. Portanto, o segredo está em estruturar o pedido de forma correta para obter resultados mais fiáveis. Pedidos do tipo “cria uma relatório financeiro” é um péssimo pedido que gera péssimos relatórios.
GRAVE isto: A qualidade da resposta depende da qualidade do pedido.
4. Evite técnicas de marketing em análises financeiras
Um erro comum é aplicar técnicas de geração de texto, usadas no marketing, para criar análises económico-financeiras. Essas técnicas são eficazes para criar textos atrativos, mas não garantem qualidade ou rigor nas análises. Como resultado:
Pode obter relatórios bem escritos, mas com dados medíocres ou errados.
As respostas podem variar significativamente, comprometendo a consistência e a confiabilidade dos resultados.
Para uma análise financeira de qualidade, cada profissional tem sua própria estrutura e metodologia preferida. O uso do ChatGPT deve estar alinhado a essas práticas e não substituí-las.
É importante mencionar que existem técnicas avançadas que podem ser utilizadas para estruturar os pedidos de maneira a gerar relatórios consistentes (com o seu modelo de relatório) e com um grau de confiabilidade muito maior. Essas técnicas envolvem desde a melhoria da qualidade das fontes de dados até á criação de GPTs. Mas tenha em atenção que a criação de bons GPTs para análise económico financeira também tem muitas particularidades.
5. Como usar o ChatGPT com inteligência
Se decidir usar o ChatGPT nas suas análises, siga estas diretrizes:
Use a versão paga, mas com cautela: Aproveite os recursos avançados para cálculos e integração, mas sempre valide os resultados manualmente.
Estruture os seus pedidos: Forneça dados claros e especifique exatamente o que precisa. Isso reduz o risco de respostas inconsistentes.
Combine ferramentas: Use o ChatGPT como apoio, mas confie em softwares especializados para cálculos e projeções financeiras detalhadas.
Valide os resultados: Sempre reveja e confirme a precisão das informações geradas pela ferramenta.
Aprenda de forma profissional e prática a usar o ChatGPT: Não precisa de fazer uma formação técnica sobre criação de IA´s, mas precisa de formação prática no uso da IA´s de forma a extrair mais da IA e da forma correta.
Conclusão
O ChatGPT é uma ferramenta poderosa, mas não uma solução universal. A sua aplicação em análises económico-financeiras requer conhecimento das suas limitações, um uso criterioso e o conhecimento de técnicas avançadas. Para obter resultados confiáveis, é essencial combinar a tecnologia com a experiência humana e as ferramentas e técnicas adequadas.
Lembre-se: a reputação e a qualidade do seu trabalho estão em jogo. Use o ChatGPT com inteligência e garanta o melhor para os seus clientes e projetos.
A qualidade da resposta depende da qualidade do pedido, por isso invista em formação prática no uso do ChatGPT.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
O futuro da indústria do calçado está a ser reimaginado
Num setor onde tradição e inovação se cruzam constantemente, 2025 promete ser um marco transformador. Sustentabilidade, tecnologia e personalização não são apenas tendências – são imperativos para quem quer liderar.
Este artigo explora os bastidores desta revolução: como a indústria está a responder às novas exigências dos consumidores, a digitalização a moldar experiências e os mercados emergentes a abrir portas para o crescimento. Portugal, com a sua reconhecida qualidade e capacidade de adaptação, assume um papel de destaque neste cenário global.
Quer saber como as marcas podem transformar desafios em oportunidades? Ou como a inovação está a mudar o conceito de “sapatos”?
Leia o artigo completo e descubra as tendências que vão marcar o ritmo da indústria do calçado. Porque o futuro do setor já começou.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Nos últimos dias tem havido muitas novidades no mundo da IA. A OpenAI lançou o “12 Days of OpenAI” cheios de novidades.
Descobre as novidades que estão a transformar a maneira como interagimos com a inteligência artificial na série “12 Days of OpenAI”. Em cada dia, uma ou mais surpresas surgem para melhorar a experiência dos utilizadores e expandir os limites do possível.
Nota: vê a versão interativa completa para conheceres em pormenor as novidades e assistires aos vídeos, clicando aqui.
Mas para aguçar o apetite aqui estão os destaques de cada dia (7 até agora) nesta série: “12 Days of OpenAI”.
Dia 1: A OpenAI Introduziu o modelo mais avançado, com capacidade de raciocinar mais profundamente e adaptar-se melhor aos desafios.
Dia 2: Apresentou um avanço no programa de personalização de modelos.
Dia 3: Lançou um novo produto chamado Sora, que gera vídeos utilizando IA.
(ainda não disponível em Portugal)
Dia 4: “Canvas” chegou para revolucionar a colaboração em documentos e código, integrando criatividade e eficiência.
Dia 5: Anunciou a integração de chat GPT com dispositivos Apple, facilitando a interação com IA no dia a dia.
Dia 6: Disponibilizou vídeo e compartilhamento de ecrã em modo de voz avançada, trazendo um toque visual às interações.
(ainda não disponível em Portugal)
Dia 7: Lançou “Projetos”, uma forma poderosa de organizar conversas, arquivos e personalizações dentro do chat.
Acompanha os próximos lançamentos para explorar como a OpenAI continua a criar soluções que combinam inovação, acessibilidade e impacto prático.
Partilha este artigo para mais pessoas terem acesso às novidades da OpenAI e do ChatGPT.
Vê a versão interativa completa para conheceres em pormenor as novidades e assistires aos vídeos, clicando aquiou na imagem.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.
Relatórios Financeiros Automatizados com ajuda da Inteligência Artificial (IA): O Futuro da Consultoria Empresarial
Há 2 meses atrás partilhei um post no Linkedin sobre como Criar um Relatório Financeiro com IA em 2 minutos e 12 segundos.
Esse relatório era gerado com a ajuda da IA e depois convertido em pdf para disponibilização aos clientes.
Mas agora é com entusiamo que anuncio a versão 2.0 – O Relatório Financeiro Interativo capaz de ser gerado em menos de 2 minutos.
Se não sabe o que é um relatório interativo, vou deixar o link nos fim deste artigo para puder ver e deslumbrar-se.
Mas primeiro pode ver este vídeo e assistir a uma demonstração de um pequeno e simples relatório financeiro e interativo gerado por inteligência artificial, usando como exemplo a análise do Q3/2024 das contas da Walt Disney.
👉 Mas para ver todas as potencialidades do relatório sugiro fortemente que veja a versão interativa. Vou deixar o link mais abaixo.
Este relatório vai além da apresentação tradicional, oferece:
➡️ Visual altamente apelativo: gráficos dinâmicos e organizados que tornam os dados mais compreensíveis e atraentes.
➡️ Modernidade e inovação: impressione os seus clientes com tecnologia de ponta.
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➡️ Diferenciação no mercado: destaque-se da concorrência ao oferecer relatórios que encantam visualmente e acrescentam valor.
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Ficou curioso para aprender como criar relatórios automatizados como este?
Envie-me uma mensagem a demonstrar o seu interesse numa formação sobre criação de relatórios como este e mais complexos, usando ferramentas de IA.
Venha aprender como a IA pode transformar a sua maneira de trabalhar.
Vítor Martins é consultor, formador e contabilista certificado, com mais de 30 anos de experiência em gestão, contabilidade e otimização fiscal. Pós-graduado em Marketing Digital e com formação universitária internacional em Inteligência Artificial, é especialista na aplicação de IA a pequenas e médias empresas. Pioneiro na integração de tecnologias inteligentes na contabilidade e gestão, atua como mentor e consultor estratégico, ajudando empreendedores a digitalizar os seus negócios com soluções eficientes e sustentáveis.